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Crise de identidade

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Esportiva ou fora-de-estrada? Em meio à dúvida, a
Crossover mantém os destaques da consagrada Parati

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Desde que a Fiat lançou a Palio Adventure, em 2000, o mercado se pergunta: quando haverá uma concorrente? A dúvida se justifica, pois General Motors e Volkswagen haviam apresentado, nos Salões do Automóvel de 1997 e 1998, na ordem, as peruas Corsa Tonga e Parati EDP II (veja boxe abaixo), com elementos fora-de-estrada. E, no entanto, coube ao fabricante mineiro passar a perna -- ou a roda? -- em ambas e oferecer antes esse tipo de produto, que se revelou bem-sucedido.

Quatro longos anos após a EDP II, chega finalmente ao mercado a Parati voltada ao uso misto, no asfalto ou fora dele: a Crossover, nome que os americanos utilizam nos utilitários esporte derivados de plataformas de automóvel. A exemplo da Adventure, ela ganhou altura livre do solo (27 mm a mais que as outras versões) e pneus de maior diâmetro, além de adereços estéticos. Só que a proposta seguida é bem diferente.

De fora-de-estrada ela tem apenas a altura de rodagem 27 mm maior: de resto, dos pneus 195/55-15 ao spoiler traseiro, a caracterização da Crossover é de versão esportiva para asfalto Clique para ampliar a imagem

Em vez do quebra-mato, dos estribos e dos robustos pneus cidade/campo em medida 175/80-14 da Palio, a Parati "topa-tudo" prefere uma aparência sutil, apenas decorada com elementos de aspecto cromado (grade e frisos abaixo dos pára-choque e nas soleiras das portas), spoiler traseiro e ponteira de escapamento ovalada, além de utilizar pneus quase esportivos, 195/55-15. De fora-de-estrada não há nada mais que a suspensão pouco elevada.

A VW parece ter buscado um consumidor distinto, que não utiliza o carro longe do asfalto e prefere perder em aptidão fora-de-estrada para obter melhor comportamento dinâmico. Se foi esse o objetivo, a Crossover o atende bem. Mas é de se perguntar o que a suspensão alta está fazendo em um carro assim, já que as Paratis comuns nunca foram baixas demais ou inconvenientes em valetas e lombadas, como são Golf 2,0, Bora e Beetle, para ficar dentro da marca. Continua

Da EDP II à Crossover
Uma Parati com jeitão de fora-de-estrada está longe de ser novidade -- e não nos referimos às adaptações comuns na década de 80, em que a primeira geração da perua recebia calços nas molas, pneus lameiros e uma série de faróis auxiliares.

No Salão do Automóvel de 1998 a VW apresentou a versão conceitual EDP II (fotos), com uma interessante receita: suspensão elevada, rodas de 15 pol com pneus de perfil mais alto, barras do teto cromadas e um conjunto
de pára-choques, molduras laterais e de pára-lamas com aspecto integrado.

A versão também antecipava a aparência frontal da chamada Geração III, que chegaria ao mercado seis meses depois, embora os faróis fossem mais compactos. A General Motors aproveitou o mesmo evento para expor a Corsa Wagon Tonga, de proposta semelhante. Mas a primazia de explorar esse segmento acabou ficando com a Fiat e sua Palio Adventure, em 2000.

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Data de publicação: 17/5/03

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