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Conjunto equilibrado

Versão de topo do Corsa um-litro, o Sedan Super reúne
espaço, desempenho e conforto em boa medida

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Das muitas versões da família Corsa, restava uma configuração de carroceria (Sedan), motorização (um litro, 16 válvulas) e acabamento (Super) a passar pela avaliação completa do Best Cars Web Site. Para preencher esta lacuna, reunimos os três requisitos em um só modelo, analisado durante cerca de 1.000 quilômetros.

Lançado em 1995, com motor 1,6-litro, e três anos mais tarde com o de um litro e oito válvulas, o Corsa Sedan é o mais vendido três-volumes do mercado: até setembro tinha mais de 63 mil unidades vendidas este ano, mais que o próprio hatchback e que o Vectra, segundo colocado entre os modelos de porta-malas saliente. Seus concorrentes Siena, Polo, Clio, Accent e Cordoba mal aparecem no retrovisor.

Apesar da desatualização do estilo da linha Corsa, a traseira do Sedan -- um projeto da GM brasileira -- continua das mais harmônicas do segmento
O conjunto equilibrado é a principal virtude do Sedan Super. Reúne melhores desempenho e acabamento que os da versão Sedan Wind, porta-malas mais espaçoso que o do Corsa hatch e preço inferior ao dos concorrentes citados (embora a Fiat ainda não tenha divulgado o do Siena reestilizado). Custa, sem opcionais, R$ 19.336, valor que sobe para impressionantes R$ 32.721 com todos os itens disponíveis (veja relação).

É verdade que suas linhas, baseadas no hatch lançado na Europa em 1993, já pedem uma reforma mais ampla que a tímida troca de pára-choques e capô, efetuada na linha 2000, e a adoção de faróis de superfície complexa e saias laterais na cor da carroceria, no modelo 2001. Mas o Corsa tem o mérito de parecer mesmo um sedã compacto e não um hatch com a adição de porta-malas, como alguns concorrentes. A parte traseira, de concepção brasileira, foi das mais felizes em seu segmento.
Os novos pára-choques, capô e lanternas traseiras da linha 2000 vêm completados, só um ano depois, por faróis mais eficientes com refletor de superfície complexa 

No interior as coisas se complicam no campo da estética, pois o painel -- sem novidades desde o primeiro Corsa -- já deveria ter sido renovado. Mas o acabamento geral é correto, há conta-giros e o volante de três raios permite melhor apoio que o de apenas dois usado nos modelos antigos. Se a conta-corrente não for problema, podem-se pedir opcionais como quatro controles elétricos de vidros com temporizador (e função um-toque para descer o do motorista), de travas e retrovisores, ar-condicionado e rádio/toca-fitas ou toca-CD (com um senão pela fraca recepção de rádio).

Como em todo Corsa, os pedais ficam descentralizados à direita e não se pode esticar a perna esquerda por culpa da caixa de roda, inconvenientes só sanados na nova geração do modelo (saiba mais). Mas o espaço interno é adequado e um quinto passageiro, desde que criança, fica bem acomodado. A linha 2001 recebeu bancos aperfeiçoados, encostos de cabeça traseiros de série e iluminação no porta-luvas e porta-malas.

O motorista encontra pedais deslocados à direita e pouco espaço para a perna esquerda, mas esses inconvenientes do projeto do atual Corsa não chegam a incomodar

O espaço para bagagem, aliás, não é dos maiores do segmento (390 litros, contra 510 l do campeão Clio), mas dá conta do recado e pode ser ampliado com o rebatimento do banco traseiro. Ainda no interior, nota positiva para o pára-brisa com faixa degradê e bom espaço para objetos, mas negativa para as ausências de relógio, hodômetros digitais (de adulteração bem mais difícil) e abertura das portas a distância. Continua

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