Desempenho em boa medida

A tributação desproporcional abaixo e acima da marca de 1.000 cm3 (10% e 25% de Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI) criou a curiosa situação, no Brasil, de motores um-litro com tecnologia e potência superiores aos de maior cilindrada produzidos anos atrás. O da GM alcançou o antigo 1,4-litro do Corsa (60 cv) quando ganhou injeção multiponto e, ao receber duplo comando e 16 válvulas, chegou a 68 cv -- bem mais que seu equivalente europeu, um vibrante três-cilindros de 12 válvulas.

O segmento está mais concorrido com a chegada do Clio Sedan e do novo Siena, mas o Corsa permanece líder com folga entre os três-volumes pequenos

À parte o torque um pouco baixo, mais sentido com ar-condicionado em uso, o Corsa Super agrada no uso cotidiano. Tem bons engates de câmbio, embreagem macia e suspensão eficiente, tanto em curvas quanto na passagem por lombadas e irregularidades. Só a direção, sem a assistência opcional, decepciona pelo esforço exigido acima da média. A GM conhece essa deficiência e procurou saná-la no Celta, através de reposicionamento das molas da suspensão, mas no Corsa ela persiste.

É um sedã pequeno, econômico e de preço básico interessante (apesar de muito caro com todos os opcionais), mas que pode substituir um carro médio, sem grandes perdas, na maioria das situações. Continua