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Um Clio mais
competitivo,
com motor
1,0 16V


A injeção de ânimo que faltava ao pequeno Renault:
desempenho bem melhor e sem aumento de consumo

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Depois do 1,6-litro de 16 válvulas e 102 cv (com opção de 110 cv no "esportivo" Si), faltava mesmo ao simpático Clio uma injeção de ânimo na versão 1,0, que com modestos 59 cv ficava para trás dos concorrentes 16V. Demorou um pouco mais, mas valeu a espera: neste primeiro contato com o Clio de 16 válvulas e 70 cv, a nova disposição do motor ficou evidente.

Não é mais potente dos 1.000 aspirados: empata com o Palio/Siena, vence por pouco o Gol e o Corsa e fica 1 cv atrás do Seat Ibiza, todos também com 16 válvulas. Mas o ganho de 11 cv em potência e de 1,2 m.kgf em torque máximo, que passou de 8,3 para 9,5 m.kgf (a 4.200 rpm, quase o mesmo regime anterior), torna a condução mais agradável, com mais fôlego nas retomadas e ultrapassagens. Tanto que a Renault decidiu oferecê-lo no Clio Sedan, mais pesado que o hatchback, que antes vinha apenas com o 1,6 16V.

A base é o antigo 8-válvulas, mas o novo motor adota acionamento de válvulas com roletes, acelerador eletrônico e fundição inovadora do cabeçote

Além das válvulas adicionais, o motor traz novidades como alavancas de acionamento de válvulas roletadas (como no Ford Zetec Rocam e no Renault 1,6; saiba como funciona), comando de válvulas tubular, coletor de admissão em plástico e acelerador eletrônico (drive-by-wire, como no Fiat Fire 16V, sendo inédito na marca). Primazia da Renault é o cabeçote, que recebe as sedes de válvula já na fundição da peça.

Já 80% nacionalizado, o 16V oferece 90% do torque máximo a 2.700 rpm. Apesar da curva quase plana mostrada pela marca, a sensação de potência começa apenas perto dessa faixa, enquanto nos regimes inferiores o Clio exige paciência nas retomadas. O Fire da Fiat ainda nos parece mais ágil e silencioso, tendo o Renault mostrado nível de ruído algo acima do ideal. O prazo entre revisões passou para 40.000 km, como no 1,6 16V.

Com o fôlego trazido pelo aumento de 11 cv em potência e 1,2 m.kgf em torque, o Clio Sedan pôde oferecer versão 1,0, que deve conquistar 76% de suas vendas
Se você gosta de números, o novo Clio acelera de 0 a 100 km/h em 14,5 s (Sedan, 15 s), contra longos 18,2 s do oito-válvulas, e chega à velocidade máxima de 157 km/h (160 km/h no três-volumes), bem mais que os anteriores 144 km/h -- sempre de acordo com o fabricante. São números próximos aos dos concorrentes diretos e com uma vantagem: o consumo nada sofreu com a mudança de coração.

Segundo a Renault, o índice urbano mantêm-se em 13,4 km/l e o rodoviário passou de 18,5 para espantosos 19,7 km/l -- marca difícil de atingir na prática, mas obtida pela mesma metodologia. O acréscimo de potência e torque é bem-vindo também para lidar com os confortos da vida moderna, como ar-condicionado e direção assistida, esta enfim oferecida na linha 1,0. Os pneus agora são os mesmos do 1,6, em medida 175/65 (antes, 165/70).
O hatch também ficou mais ágil: de 0 a 100 km/h requer agora 14,5 s, contra longos 18,2 do motor 8-válvulas, agora reservado à versão de entrada RL

O novo motor está presente na versão RN, que era a de topo na linha 1,0, e também na mais equipada RT, antes só oferecida como 1,6. O de oito válvulas permanece apenas no Clio RL hatch, que fica bem definido como opção de entrada. O RN de cinco portas custa R$ 19.490 e o Sedan quatro-portas R$ 20.490. Vêm de série com imobilizador, conta-giros, luz suplementar de freio e traseira de neblina. Controles elétricos de vidros dianteiros e travas, ar-condicionado e direção assistida são os opcionais que podem levá-los a R$ 22.585 e R$ 23.585, nesta ordem. Continua

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