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O acerto da quinta em relação à velocidade máxima (atingida com o motor a 5.700 rpm, 200 rpm acima da maior potência) comprova a intenção de conferir agilidade ao A 190. Como preço a pagar, o regime em velocidades de viagem (como 3.600 rpm a 120 km/h) ficou mais alto que o ideal. Mas o consumo continua bom: 12,2 km/l nessa velocidade constante, segundo a Mercedes, que não o divulga em circuito urbano.

Rodas de alumínio, lanternas fumê e diversos detalhes menores diferenciam o Elegance (direita) e lhe conferem ar sofisticado, diante do despojado Classic
No A 160 da linha 2001 foi adotado o mesmo câmbio e remapeada a central eletrônica do motor, responsável pelos aumentos de 3 cv e 0,4 m.kgf. A mudança na transmissão aparece logo que se utilizam as marchas superiores, pois os giros caem menos a cada troca de marcha e o motor permanece mais ágil. Baixou o tempo de retomada de 60 a 120 km/h de 30,1 segundos para 22 segundos (dados de fábrica). Os que não querem reduzir nas ultrapassagens, portanto, estão atendidos.

Nos demais quesitos o ganho foi discreto: menos 0,1 s na aceleração de 0 a 100 km/h e mais 2 km/h em velocidade final, agora atingida em quinta e não mais em quarta. O 1,6-litro demonstra acerto exato de transmissão, pois 180 km/h correspondem a 5.280 rpm, diferença ínfima para os 5.250 giros em que surge a potência máxima. Mas, com 19% mais de rotação, não haveria como manter o consumo rodoviário do modelo anterior: piorou em 0,5 km/l a 90 km/h, por exemplo.
Remapeamento eletrônico deu mais 3 cv ao A 160, mas o ganho mais sensível em agilidade foi por conta do câmbio mais curto, que o BCWS considerava desnecessário
Um dos trunfos do Classe A é, sem dúvida, o pacote de segurança sem similar entre os carros nacionais: controle de estabilidade (ESP), de tração (ASR), duas bolsas infláveis e freios com sistema antitravamento (ABS), distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD) e assistência adicional de frenagem (BAS), todos de série mesmo no A 160 Classic (saiba mais). Nesta nova oportunidade de levá-lo ao limite em curvas, confirmamos que o ESP seria dispensável em 99% das situações de uso -- mas é um fator tranqüilizador tê-lo para qualquer eventualidade.

O A 190 estava equipado com pneus Bridgestone nacionais de medida 195/55 R 15 (opcionais em ambas as versões e motores), mais largos e de perfil mais baixo que os Pirellis 175/65 R 15 que dotavam o A 160. É perceptível o comportamento mais preciso do carro com "sapatos maiores", tornando ainda mais rara a atuação do controle de estabilidade -- esta é indicada por luz-piloto no painel. Por outro lado, ampliam um pouco a transmissão de impactos para os passageiros, que já deixa a desejar com os pneus mais estreitos.
Se motor forte é bom, mais é melhor: a velha teoria cai bem para o A 190, que esbanja torque em relação a seu peso e revela agilidade em qualquer situação
Este foi, certamente, o equilíbrio mais difícil imposto aos engenheiros da Mercedes do Brasil: adaptar às condições nacionais um carro que havia sido rebaixado e enrijecido na Alemanha, depois de acidentes ocorridos em testes de estabilidade por jornalistas europeus. O Classe A como é vendido lá seria ainda menos confortável aqui -- e a marca não poderia exagerar no amaciamento e correr o risco de novos problemas de segurança. Continua
Comentário técnico
> O Classe A notabiliza-se, dentro da produção nacional, pelos recursos de tecnologia em função da segurança. O mais importante, e ainda exclusivo, é o Programa Eletrônico de Estabilidade, ESP, que corrige qualquer tendência de desgarramento das rodas dianteiras (subesterço) ou traseiras (sobresterço). Atua freando apenas uma roda dianteira ou traseira, em função do lado da curva e da tendência do veículo, para que o motorista recupere o controle. Saiba mais sobre o sistema
> Recurso único da Mercedes é a Assistência Adicional de Freios ou BAS, que multiplica a força sobre os freios em paradas de emergência em que atuar o ABS. Nesta condição de frenagem pânica muitos motoristas (97% dos avaliados pela marca) assustam-se com a pulsação normal do pedal de freio e aliviam a pressão sobre ele. O BAS age automaticamente e diminui a distância de parada em até 45%, segundo a Mercedes, permitindo respostas do volante em manobras evasivas e de desvio.
> Há, enfim, freios antitravamento (ABS), distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD) e controle de tração (ASR), que trabalham integrados com os demais sistemas.
> O chassi em duas camadas, que a Mercedes chama de inteligente, permite que motor e câmbio desloquem-se por baixo do compartimento de passageiros em caso de colisão frontal. Também protege melhor os ocupantes em impactos laterais, pois eles se sentam mais altos.
> O acelerador do Classe A é eletrônico (drive-by-wire), como o do Palio Fire e do Dodge Dakota turbodiesel.

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