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Sem baixar
o nível


Custando R$ 32,4 mil
menos que o "primo rico"
Lexus ES 300, o Toyota
Camry agrada em conforto,
desempenho e segurança


Texto e fotos: Fabrício Samahá

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De um terno a um simples sorvete, quase tudo que se compra oferece graus variados de sofisticação, qualidade e preço. Às vezes estes aspectos são diretamente proporcionais -- é o que acontece também com automóveis. Mas optar pelo produto mais em conta nem sempre representa perda de qualidade ou eficiência, e o Toyota Camry que o Best Cars Web Site avaliou é um bom exemplo.

Da mesma plataforma deste sedã grande, que nos Estados Unidos -- onde é o automóvel mais vendido -- é considerado médio, a Toyota desenvolveu uma versão de alto luxo, o Lexus ES 300 (leia avaliação completa). No Brasil, pagam-se R$ 128.250 pelo Lexus e R$ 95.790 pelo Camry, ambos com idêntico motor V6 de 3,0 litros e 191 cv. Claro que se perde em alguma coisa, mas os R$ 32.460 de diferença tornam o "primo pobre" bastante interessante.

Clique para ampliar a imagem Remodelado em 1998, o Camry tem estilo sóbrio e algo envelhecido, mas capaz de agradar a quem procura um sedã refinado sem ostentação

O Camry XLE é quase um clássico da Toyota no Brasil: está no mercado nacional desde 1992, com um ritmo de vendas estável na ordem de 300 unidades anuais. Em 1998 foi remodelado e no ano passado recebeu retoques estéticos, para manter-se atual frente a concorrentes como Chevrolet Omega CD (200 cv, por US$ 45.459 ou cerca de R$ 100.000), Chrysler Stratus LX V6 (161 cv, R$ 74.900) e Nissan Maxima 30GV (218 cv, R$ 88.500). Lá fora compete ainda com Honda Accord, que não vem com motor V6, e Ford Taurus, não mais importado.

Ao contrário de tantos clones que rodam por nossas ruas (lembra-se dos gêmeos Apollo e Verona?), Camry e ES 300 não aparentam no desenho a igualdade de plataforma que possuem. Ambos longos, largos, baixos e elegantes, têm estilo próprio de pára-choque a pára-choque, incluindo as portas, que só no Lexus dispensam as molduras das janelas, criando a atmosfera de um cupê. A versão Toyota é bastante conservadora, mas tem seus adeptos e consegue boa presença.

Interior e porta-malas são mesmo de carro grande, e o acabamento impressiona bem. Há até mesmo detalhes de conveniência e segurança que o Lexus ES 300 não oferece
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O interior aconchegante e bem-acabado agrada ao primeiro contato, inclusive pelo revestimento dos bancos e volante em couro cinza, bem mais adequado a nosso calor tropical que o preto do ES 300 avaliado. Apesar da decepção de muitos itens lembrarem os do modesto Corolla -- volante, difusores de ar, alças de teto, relógio digital --, o Camry é farto em equipamentos e detalhes de conveniência.

É o caso dos bancos dianteiros com aquecimento, ajuste elétrico (mas sem memorização) e ajuste manual do apoio lombar (ausente do Lexus), retrovisores externos com aquecimento e recolhimento elétrico (para passagem em locais estreitos), apliques imitando madeira no console e nas portas, controlador de velocidade e ar-condicionado com ajuste automático de temperatura. O controle elétrico de vidros possui temporizador e o do motorista traz função um-toque.

Alto padrão para motorista e passageiros: bons bancos, revestimento em couro
cinza-claro, cinto de três pontos para todos. E há bolsas infláveis frontais e laterais

Naturalmente alguns requintes do ES 300 teriam de ser eliminados para tamanha diferença de preço. O Camry fica devendo teto solar, disqueteira no porta-malas (mas há um toca-CD no painel, onde o Lexus traz toca-fitas), subwoofer (alto-falante para sons mais graves) no sistema de áudio, retrovisor interno fotocrômico, fechamento dos vidros pela fechadura externa, a iluminação permanente do painel, luz-piloto para lembrar sobre o cinto e acendimento automático dos faróis. Ah! Falta também a buzina dupla, substituída por uma aguda, bi-bi, que destoa do carro.

Por outro lado, alguns itens que o "primo rico" não possui aparecem no Camry: luz traseira de neblina (por isso há apenas uma de ré, como em alguns carros baratos...), ajuste elétrico dos faróis, repetidores de luzes de direção nos pára-lamas e retrovisor esquerdo biconvexo, todos seguindo o padrão europeu, enquanto o ES 300 vai pela linha norte-americana. Ainda, banco traseiro rebatível e bipartido (com trava por dentro do porta-malas), com o terceiro encosto de cabeça, e luzes de leitura dianteiras.
Continua

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