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E o consumo? A Citroën prefere não declarar, alegando que proprietários reclamam na Justiça de não conseguirem as mesmas marcas... A explicação, além de não convencer, impediu uma resposta precisa à primeira pergunta que ouvimos durante uma parada na avaliação: "Gasta menos que a Parati Turbo?".

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Boas sensações ao volante: motor bem disposto em qualquer regime, suave e
silencioso, estabilidade adequada, direção elétrica bem leve nas manobras

O câmbio teve as relações encurtadas para o Brasil, seguindo o hábito dos fabricantes, mas não ficou exageradamente curto: a 120 km/h em quinta marcha são cerca de 3.400 rpm, regime adequado ao motor. Ocorre que o diferencial é 12,5% mais curto, mas quarta e quinta foram alongadas, em percentual não informado, o que evitou o indesejável "efeito Polo" (saiba mais). O escalonamento mais aberto não incomoda, resultando em um bom acerto de relações.

A direção possui assistência elétrica (como no Fit e no Stilo), que não consome potência do motor e elimina fluidos. Os freios trazem de série, além do ABS, sistemas de distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD) e de assistência adicional em caso de frenagem de emergência. Os pneus 185/60-15 são fornecidos pela Goodyear, novo rompimento de tradições, já que a Michelin é parceira da Citroën há tempos.

O motor 1,6 16V de 110 cv está em ótima medida para o C3, mas haverá opção de
1,4 litro e 75 cv no segundo semestre, com bom torque em baixa rotação

Mesmo 14 mm mais alto na versão brasileira, o C3 transmite confiança: toma curvas com bom comportamento e parece rodar "em trilhos", mesmo em alta velocidade. A assistência da direção é grande até 7 km/h, para fáceis manobras, e bem calibrada nas demais velocidades (só é suspensa acima de 152 km/h). Poderia melhorar o nível de ruídos em pisos irregulares, mas ele é o primeiro Citroën com batentes hidráulicos nos amortecedores -- o BCWS apurou que a Xsara Picasso os receberá em breve.

A marca francesa pretende colocar 1.000 unidades do C3 nas ruas por mês este ano, para o que deverá colaborar a versão de 1,4 litro e oito válvulas, com 75 cv e 12,5 m.kgf de torque, prevista para o segundo semestre. Apesar do estilo controvertido, o carrinho oferece bons recursos para o segmento, não está mal situado em preço -- embora devesse trazer ar-condicionado de série -- e tem o agradável sabor de ineditismo, que costuma ser um bom apelo de vendas.

Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 78,5 x 82 mm. Cilindrada: 1.587 cm3. Taxa de compressão: 11:1. Injeção multiponto seqüencial. Potência máxima: 110 cv a 5.750 rpm. Torque máximo: 15,6 m.kgf a 4.000 rpm.
CÂMBIO - manual, 5 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, McPherson, estabilizador; traseira, eixo de torção, estabilizador.
RODAS - 6 x 15 pol; pneus, 185/60 R 15.
DIMENSÕES - comprimento, 3,85 m; largura, 1,667 m; altura, 1,533 m; entreeixos, 2,46 m; capacidade do tanque, 47 l; porta-malas, 305 l; peso, 1.075 kg.
Desempenho
DESEMPENHO - velocidade máxima, 196 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 9,8 s; consumo, ND.
Dados do fabricante; ND = não disponível

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