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No novo motor surgiu ainda uma acentuada vibração em regimes bem baixos, da ordem de 1.000 a 1.500 rpm, que torna impraticável acelerar fundo nessas condições -- ainda que o utilitário ande com desenvoltura. A ressonância toma conta do interior e incomoda bastante, embora essa freqüência de ruído não seja agressiva aos ouvidos. A solução é aliviar o pé ou reduzir uma marcha, o que prejudica o desempenho ou o consumo, conforme a opção escolhida. Não há dúvidas de que esse aspecto merece maior atenção da Engenharia da GM.

Com o maior curso dos pistões, o motor 2,4 perdeu em suavidade de funcionamento mas ganhou 14% em torque, além de superar em potência os equivalentes da Dodge e Ford
Vibrações à parte, o 2,4 trouxe bom desempenho ao Blazer (velocidade máxima de 155 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 13 s, dados de fábrica) e não prejudicou muito o consumo (8 km/l em cidade e 10,2 km/l em estrada, segundo a GM). O ponteiro do marcador de combustível, a propósito, chega a oscilar em 1/4 de tanque de acordo com a inclinação do veículo estacionado e mesmo em movimento, o que dificulta a leitura correta.

Nesta oportunidade de avaliar por mais tempo a suspensão traseira adotada na linha 2000 (
saiba mais), aprovamos a redução de ruídos e oscilações na traseira, restando um balanço longitudinal causado pela dianteira macia demais. O Blazer passa bem por lombadas e revela robustez, mas em irregularidades curtas e emendas de asfalto o pesado eixo traseiro pula e transmite grande desconforto aos passageiros.

Também não se pode esperar de um utilitário-esporte com suas características um comportamento preciso e estável nas curvas -- é preciso especial cuidado com mudanças bruscas de direção. Os freios antitravamento (ABS) abrangem agora também as rodas dianteiras (antes apenas as traseiras), mas as distâncias de parada são maiores que as de um automóvel. Essas limitações dos SUVs, que muitos compradores descobrem tarde demais, não deveriam ser omitidas pelas publicações como normalmente acontece, pois podem ser decisivas na escolha.

Apesar da robustez e do amplo porta-malas, a troca de um automóvel por um utilitário-esporte como o Blazer deve ser bem pensada, pois há boas opções -- inclusive da GM -- na mesma faixa de preço

E por falar em escolher, a concorrência mais direta ao Blazer básico, que custa R$ 40.130 sem opcionais (veja relação), é mesmo feita por carros de passeio. Nessa faixa de preço há sedãs como o Vectra GLS 2,2 (R$ 41.999), peruas como a Marea Weekend ELX 2,4 (R$ 41.885) e minivans como a Scénic Egeus 2,0 (R$ 40.900). Todos mais rápidos, estáveis, econômicos e bem-equipados que o Blazer, mas sem o apelo que alguns ainda vêm nos utilitários-esporte. Continua
Comentário técnico
> O motor C24SE, lançado em primeira mão no mercado brasileiro, diferencia-se do anterior C22NE (de 2,2 litros) basicamente pelo maior diâmetro dos cilindros (passou de 86 para 87,5 mm) e curso mais longo dos pistões (de 94,6 para 100 mm). O bloco da Família II, definido pela distância entre os centros de cilindros de 96 mm, permanece, mas o virabrequim é novo e fabricado em ferro fundido nodular.
> Os novos pistões são mais leves, têm menor altura de compressão e anéis de segmento ultrafinos. A taxa de compressão passou de 9,4:1 para 9,6:1, possível pelo emprego de sensor de detonação. Em função da alta taxa, a junta de cabeçote passou a ser metálica, como em motores a diesel.
> Outras novidades do 2,4-litros são o cárter estrutural (fixado não só no motor, mas também na carcaça de transmissão) e produzido em alumínio, para melhor dissipação de calor do óleo lubrificante, e a junta do cárter líquida, em composto químico especial que se vulcaniza na temperatura ambiente, para perfeita vedação por toda a vida útil do motor.
> O chassi da linha 2001, tanto Blazer quanto S10, recebeu reforços para atender às normas européias de segurança em colisões frontais deslocadas a 40%. Antes havia conformidade apenas com as normas norte-americanas.
> Já no modelo 2000 a suspensão traseira de feixes de molas semi-elíticas do Blazer fora substituída por outra com duas molas (de cada lado) de perfil parabólico e dois estágios. Vantagens: menor peso não-suspenso, mais conforto, melhor comportamento dinâmico e menor ruído. Foi também adicionado um amortecedor ligando a longarina esquerda do chassi ao diferencial, para menor oscilação lateral da traseira em piso irregular. O S10, no entanto, permanece com a suspensão antiga.

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