Ganhou ainda instrumentos de fundo branco com iluminação amarelada (ainda pobres em estética), mais tecido nos painéis de porta e uma luz, também amarela, sob o retrovisor interno com foco na alavanca de câmbio -- útil, pois as indicações de cada marcha só se iluminam ao acender as lanternas. Em termos de segurança, passam a ser disponíveis bolsas infláveis laterais, ainda raras na produção nacional. Mas desapareceu a lingüeta que saía pela grade para liberar a segunda trava do capô: agora é preciso procurar, dentro dela, o comando algo improvisado que aciona a trava.

Novidades internas: controle automático do ar-condicionado, maçanetas cromadas,
mais tecido nas portas. A transmissão se destaca pelo exclusivo controle de neutro

No restante, é o Astra que conhecemos bem. Oferece boa posição de dirigir (mas o apoio lombar pode ser excessivo para alguns; deveria haver ajuste), espaço interno condizente com seu porte, um banco traseiro um tanto baixo, que não deixa as coxas bem apoiadas, e muitos detalhes convenientes, como o controle elétrico dos vidros com função um-toque para todas as operações e fechamento automático ao trancar o carro, alarme com sensor de ultra-som, computador de bordo (com indicação de consumo em km/l), tomada de energia no painel, pára-sóis com espelhos iluminados, controle automático de velocidade e comandos no volante do sistema de áudio, que pode incluir até disqueteira no porta-luvas.

O veterano motor de 2,0 litros, herdado do tio-avô Monza, está longe de impressionar mas dá conta do recado: bom torque em baixa rotação, funcionamento ainda suave, potência de 116 cv suficiente para a proposta do carro. A transmissão automática de quatro marchas, com seleção de programas (normal, esportivo e para pisos de baixa aderência), é única no Brasil com controle de ponto-morto, recurso que traz conforto e economia de combustível no tráfego urbano (saiba mais).

O revestimento em tom cinza-claro deixa o interior leve e agradável. A posição de
dirigir melhoraria com ajuste do apoio lombar e o banco traseiro poderia ser mais alto

Optar por esse câmbio representa alguma perda em desempenho e consumo, mas nada que assuste. O Astra automático acelera de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos, atinge 186 km/h de velocidade máxima, faz 9,5 km/l na cidade e 14,1 km/l na estrada, segundo o fabricante. São marcas compatíveis com as do Golf automático, de mesma cilindrada e potência, e até com as do Focus automático de 2,0 litros, 16 válvulas e 130 cv -- seus dois únicos concorrentes, até que Stilo e 307 ofereçam essa transmissão. Continua