Ambas as versões trazem o novo e interessante câmbio Multitronic, do tipo continuamente variável, mas que "simula" seis marchas definidas (saiba mais). É um automático muito suave, permite a operação manual e traz a vantagem de o carro consumir menos que com o câmbio manual, algo inédito.

As suspensões são agora de alumínio, reduzindo a massa não-suspensa. A traseira abandona o tradicionalíssimo eixo de torção -- conceito usado desde o primeiro Audi 80, em 1972 -- em favor de barras trapezoidais, sistema independente ao estilo das versões Quattro de tração integral. Os pneus são largos 215/55 em rodas de 16 pol. O aparato de segurança é dos melhores: freios com sistema antitravamento (ABS) e assistência adicional de frenagem (pela primeira vez na marca), controle de estabilidade (ESP) e bolsas infláveis frontais e laterais. Estas últimas, denominadas Sideguard, cobrem quase toda a área de vidros laterais.

Ao contrário dos enxutos eventos anteriores, desta vez a Audi proporcionou uma avaliação bem adequada à imprensa, em percurso de 100 km entre o Rio de Janeiro e Petrópolis. O A4 demonstrou grandes qualidades, como baixíssimo nível de ruído (a tripla vedação nas portas colabora), boa distribuição de torque e estabilidade ainda melhor. Uma leve tendência a sair de traseira é percebida no uso esportivo, mas o ESP encarrega-se de manter tudo no lugar.

Carroceria maior e mais rígida, freios com assistência adicional, suspensões
de alumínio e controle de estabilidade de série: técnica e segurança aprimoradas

A Audi pretende vender 1.500 unidades do novo A4 em 2002, conquistando a liderança deste segmento, de que já desfruta nas categorias do A3, A6 e do esportivo TT (no segmento de alto luxo o A8 perde apenas para o Mercedes Classe S). A versão 3,0 será o carro-chefe, devendo responder por 60% das vendas, contra 20% da 2,0 e 20% da 1,8 turbo quando disponível.

Se no mercado europeu a concorrência acirrada inibe grandes aumentos, no Brasil os preços do A4 subiram de forma considerável. O novo 2,0-litros custa R$ 94,5 mil, contra R$ 76,8 mil do antigo 1,8 aspirado, e o topo de linha 3,0-litros sai por nada menos que R$ 140,9 mil, com transmissão Multitronic, contra R$ 122,8 mil do V6 2,8 anterior com o automático Tiptronic. Mas continuam competitivos com os concorrentes da Mercedes e BMW, que terão um novo, belo e eficiente adversário pela frente.

Com o novo A4 a Audi espera conquistar a liderança do segmento. O câmbio Multitronic e o desenho moderno e muito elegante serão elementos decisivos

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