No 800A de 1969 (no alto) surgia a opção de motor V8 de 5,0 litros; o Scout II ganhava conforto com câmbio automático e ar-condicionado

O picape Terra e a perua Traveller, de três portas, ampliavam a linha Scout e usavam seu chassi, embora com maior distância entre eixos

O SS II, versão de lazer da última série que venceu a prova Baja 1000

Para equipar a série 800 o motor de quatro cilindros era ampliado até 196 pol³ (3,2 litros), com 104 cv e torque de 24,3 m.kgf, o suficiente para velocidade máxima de 120 km/h. Se não fosse o bastante, agora havia as alternativas de seis cilindros em linha e 232 pol³ (3,8 litros), de origem American Motors, e V8 de 266 pol³ (4,4 litros). Também foi oferecida por dois anos uma versão com turbocompressor para o motor 152, que assim passava a 111 cv.

Mais aprimoramentos chegavam em 1969 com o Scout 800A, dotado de nova frente, eixo traseiro mais robusto e caixa de transferência mais silenciosa. Trazia ainda a opção de um V8 mais potente, de 304 pol³ (5,0 litros), 182 cv e 36,2 m.kgf, com o qual chegava a 145 km/h. A versão Aristocrat adicionava elementos estéticos e de conforto: pneus mais largos, pintura em dois tons, rodas cromadas, interior com melhor revestimento e carpete no assoalho. Ainda assim estava longe do ambiente cômodo de um automóvel com seu painel plano de chapa, enorme volante de dois raios e suspensão voltada à resistência em caminhos difíceis.

A esse tempo a IH já enfrentava novos competidores, como o primeiro Chevrolet Blazer (derivado dos picapes grandes da GM; a versão com base no S10 viria só em 1984) e o Ford Bronco. Dois anos depois aparecia o 800B, com mudanças apenas de aparência, à espera da substituição do Scout por uma linha mais moderna. Durante a década de 1960, em meio a notável crescimento dessa categoria no mercado americano, suas vendas superaram as do Jeep.

O Scout II lançado em 1971 se parecia muito com o modelo anterior, mas vinha com maiores largura e espaço interno (apesar de manter o entreeixos), melhorias técnicas e mudanças visuais, como a moldura que integrava faróis e grade. Mesmo que a capota fosse de aço, podia ser removida para deixar os ocupantes em contato com a natureza. A configuração básica de interior era com um só banco inteiriço, mas havia opção por um bipartido 60/40 e dois individuais na frente, além de banco inteiriço na traseira também opcional. Ar-condicionado e câmbio automático estavam disponíveis para atender às exigências de conforto dos novos tempos.

Os motores 196, 232 e 304 continuavam em uso, mas surgiam o seis-em-linha de 258 pol³ (4,25 litros), 123 cv e 28,1 m.kgf, também originário da AMC, e o grande V8 de 345 pol³ (5,65 litros) com 184 cv e 41,9 m.kgf. Embora fosse expressiva produtora de motores a diesel, a International não dispunha de uma unidade leve e compacta o bastante para equipar o Scout. Assim, recorreu a uma unidade Nissan de 3,2 litros, que em 1980 ganharia turbo. Freios dianteiros a disco vinham em 1974.

Em 1976 estreavam o picape Terra e a perua Traveller, derivados do Scout II e que conviveriam com ele dali por diante. Menores que os grandes utilitários dessas categorias a que os americanos estavam habituados, ambos traziam teto rígido de plástico reforçado com fibra-de-vidro, que no segundo incluía uma terceira porta — havia até opção por terceira fila de bancos, mas com apenas duas portas laterais ela estava longe de ser prática. O motor da Traveller era sempre o V8 345, enquanto o Terra oferecia tanto este quanto o V8 304, o quatro-cilindros 196 e o diesel da Nissan. Com tração nas quatro rodas e reduzida de série, davam escolha entre câmbios manuais de três e quatro marchas e um automático Chrysler TorqueFlite de três. O entreeixos era de 2,99 m.

Entre 1977 e 1979 existiu o Soft-top Safari II ou SS II (há quem defina a sigla como Super Scout), com capota e portas de lona, elementos externos em plástico e estrutura de proteção em capotagem. Destacou-se em competições fora-de-estrada na época como a Baja 1000 de 1977, que Jerry L. Boone venceu entre veículos de produção. Além do Scout, a IH produziu modelos de relativo sucesso como o grande utilitário Travellal, entre 1953 e 1975. Similar ao Chevrolet Suburban, tinha versões com duas e três filas de bancos e diversos motores, tanto de seis cilindros quanto V8.

Em dificuldades financeiras, a IH tirava de produção em 1980 tanto o Scout quanto os demais utilitários, passando a se concentrar em caminhões e ônibus escolares. Mais de 530 mil unidades da série Scout foram produzidas em 20 anos. Embora tenha vendido sua divisão de implementos agrícolas para a Tenneco, a empresa — renomeada em 1986 Navistar International Corporation — permanece ativa com a fabricação de veículos pesados e dos motores que levam a marca International.

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