O novo A99, ainda um sedã de quatro portas, media 4,76 m de comprimento e 2,80 m entre eixos e pesava 1.530 kg. O que mais chamava a atenção, além da bela frente com faróis circulares e grade retangular, era o discreto rabo-de-peixe traseiro com lanternas triangulares. Por dentro levava com conforto cinco pessoas. A parte superior do painel era de borracha e a inferior de madeira. O volante de dois raios tinha aro metálico para acionamento da buzina e o acabamento era correto, chegando a ser luxuoso.

A terceira versão da linha Westminster, o A99, vinha com rabos-de-peixe, maiores dimensões e motor aumentado para 2,9 litros com 103 cv

O motor de seis cilindros em linha e 2.912 cm³, alimentado por dois carburadores da marca SU em posição invertida, fornecia 103 cv e 22,5 m.kgf. A velocidade máxima de 160 km/h era muito satisfatória levando-se em conta o perfil do automóvel. Sua transmissão Borg-Warner de três marchas tinha, para as duas superiores, sistema overdrive para baixar as rotações do motor em viagem. Também era oferecida uma automática Borg-Warner e a tração era traseira. A suspensão dianteira usava braços sobrepostos e molas helicoidais, e a traseira, eixo rígido e molas semi-elípticas. Já com freios dianteiros a disco, usava pneus na medida 7,00-14.

No mesmo ano do lançamento, as empresas de carrocerias especiais e mais luxuosas do grupo, as tradicionais Wolseley e Vanden Plas, lançavam suas versões do Westminster: o Wolseley 6/99 e o Vanden Plas Princess. O 6/99 era muito sofisticado em seu interior, comparando-se até a modelos Rolls-Royce e Bentley da época. Usava no painel farta instrumentação e muita madeira de ótima qualidade. A frente se destacava pela grade vertical com frisos cromados, dois faróis circulares de menor diâmetro e pára-choques com protetores. Os pára-lamas também tinham diferenças com relação aos do Austin. Quanto ao Princess, tinha grade quadrada de ares mais nobres, pára-choques também distintos e cores mais discretas. Seu interior era tão luxuoso quanto o do modelo da Wolseley.

O A110 concluiu a série com o mesmo desenho do A99, associado ao motor de 122 cv e opções como direção assistida e câmbio de quatro marchas

Em outubro de 1961 o Westminster passava a usar a denominação A 110. Seu motor ganhava potência, passando a 122 cv e 22,5 m.kgf, e o carro agora fazia de 0 a 100 km/h em 14 segundos. O câmbio no assoalho tornava-se o padrão, dentro da tendência da época, e logo aparecia a opção de direção assistida. Em maio de 1964 vinha a segunda série, ou Mark 2, sem grandes novidades na carroceria, mas com câmbio manual de quatro marchas, duplo escapamento e pneus 7,50-13. Na linha Wolseley, o 6/99 dava lugar da mesma forma ao 6/110, que adicionava às novidades do Austin bancos dianteiros reclináveis com mesinhas para lanche na parte traseira dos encostos.

A grande novidade no mesmo ano ficava por conta da versão Princess 4 Litre R da Vanden Plas, que adotava um motor Rolls-Royce FB60, todo de alumínio, com seis cilindros em linha e 3.909 cm³. A potência de 175 cv e o torque de 30,1 m.kgf, obtidos com dois carburadores SU, o deixavam bastante veloz para a época: quase 180 km/h. Idealizado para o mercado americano, era fornecido só com caixa automática Borg-Warner e freios a disco Lockheed. Por fora se distinguia dos demais por ter traseira mais plana, sem os rabos-de-peixe, e lanternas horizontais. Versões perua denominadas Vanden Plas Countryman foram feitas em pequena unidade, algumas delas para a Rainha Elizabeth e sua corte.

Com base no Princess R (foto), a Vanden Plas fez a vigorosa versão 4 Litre, com motor Rolls-Royce de alumínio com 175 cv

Estes automóveis distintos e de classe foram produzidos até 1968, quando o Austin deu espaço ao novo 3 Litre — na linha Wolseley não houve sucessor à altura. Sem dúvida um dos Austins mais belos, com destaque para o Wolseley 6/99 e o Vanden Plas Princess.

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