Com o vento a favor
Primeiro
Toyota, o AA nasceu na era da aerodinâmica |
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No
ano em que a Toyota conseguiu a façanha de superar a General Motors como
o maior fabricante de automóveis do mundo — posição que a corporação
americana ocupava havia 76 anos —, é no mínimo curioso desvendar um
pouco dos primórdios da história do novo líder da indústria. Esse enredo
nos leva de volta a 1929, quando o fundador da empresa Kiichiro Toyoda
viajou à Europa e aos Estados Unidos, onde foi estudar as fábricas de
automóveis locais. O objetivo da viagem não era meramente acadêmico.
Alguns anos depois, Toyoda fabricaria seu próprio automóvel, o AA, o
primeiro de muitos. |
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O caminhão leve G1, para 1.500
kg, teve prioridade para trazer maior retorno a curto prazo; em 1937 começava a ser erguida a fábrica de Koromo, hoje Toyota City |
Três unidades do protótipo foram concluídas em Koromo, Japão. Toyoda
preparou uma cerimônia budista para abençoar o trio de protótipos,
após a qual dirigiu um dos exemplares até o túmulo de seu pai, que foi
quem havia lhe dado o dinheiro para começar sua sonhada fábrica de
automóveis. Logo em seguida, a empresa voltou suas atenções ao
caminhão G1, para até 1,5 tonelada de carga, considerado uma aposta
mais rentável a curto prazo. Ele chegou ao mercado em 8 de dezembro
daquele ano. A primeira concessionária da marca se estabeleceu numa
oficina na cidade de Nagoya. |
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O AB Phaeton, nome que designa conversíveis de quatro portas, tinha pára-brisa rebatível e portas que abriam para frente, mas usava a mesma mecânica do AA |
Os
pára-lamas vinham acoplados ao conjunto e as linhas arredondadas
predominavam. Para o público japonês da época, o contato com a
realidade ocidental ainda era limitado por fatores como
telecomunicações e meios de transporte arcaicos. Com isso, a latente
semelhança entre o A1 e o revolucionário
Chrysler Airflow, lançado em 1934, não despertou qualquer
controvérsia que tenha ficado registrada na história do fabricante.
Mas Toyoda havia importado um exemplar do Airflow para desmontar e
ajudar a desenvolver seu carro, em um processo que hoje conhecemos
como engenharia reversa. Praticamente só os faróis embutidos do modelo
americano não foram copiados. |
Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos - Envie por e-mail Data de publicação: 18/12/07 © Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade |