No topo da gama
Antes da unificação de
plataformas com a Fiat, a Lancia |
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A
italiana Lancia, fundada em 1906 e parte integrante do Grupo Fiat desde
1969, teve no início de sua história o hábito de denominar os automóveis
com letras do alfabeto grego. Foi assim com os modelos Alfa, Beta, Gamma,
Delta, Epsilon, Zeta, Eta e Theta, anteriores à Primeira Guerra Mundial,
assim como no Lambda e no Kappa produzidos entre os dois conflitos. Esse
padrão foi abandonado no pós-guerra, mas retornou décadas mais tarde com
o lançamento do modelo médio Beta, em 1971. |
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Embora coerente com sua época, o desenho do Gamma Berlina não primava pela elegância: a frente imponente destoava da traseira em formato fastback |
O
Gamma oferecia duas opções de carroceria: o Berlina ou sedã, com
formato fastback e quatro portas, e
o cupê de três volumes (lançado um ano depois). Ambos desenhados
pelo estúdio italiano Pininfarina, o segundo tinha a carroceria
também produzida pela empresa. As linhas do sedã eram coerentes com
seu tempo, mas não impressionavam. Havia certa dissonância entre a
frente imponente, com quatro faróis circulares ladeando a grade
característica da marca, e a traseira algo saturada de adornos, com
aletas atrás dos vidros laterais. De resto, o desenho retilíneo e a
ampla área envidraçada estavam de acordo com as tendências da época. |
O cupê, desenhado e produzido pela Pininfarina, era bem mais charmoso e equilibrado; notem-se o sulco nas laterais e a seção central do porta-malas mais baixa |
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A Lancia havia estudado um motor V6 para o Gamma, mas não chegou a usá-lo — certamente por causa da crise do petróleo deflagrada em 1973, que derrubou as vendas de carros de maior consumo no mundo todo. Em seu lugar aplicou uma nova unidade de quatro cilindros opostos, configuração bem escolhida pelo baixo índice de vibrações e por permitir um capô mais baixo que em um motor de cilindros em linha ou em "V". Em posição longitudinal, com comando de válvulas nos cabeçotes e alimentado por carburador Weber de corpo duplo, o boxer de 2.484 cm³ desenvolvia a potência de 140 cv a 5.400 rpm e o torque máximo de 21 m.kgf a 3.000 rpm. Continua |
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