Por dentro o Méhari era muito simples. Recebia o volante e o painel do 2CV, que continha apenas velocímetro e indicador de nível de combustível. Ainda na lista de opcionais constava a coluna que sustentava a capota montada sobre pressão e os dois bancos traseiros, moldados em ABS como os dianteiros. Eram forrados por um tecido simples acolchoado. |
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Apesar da modesta potência do motor de dois cilindros (26 cv), o Méhari desempenhava bem suas funções; a tração era dianteira como no 2CV |
A
SEAB entregava a carroceria e o chassi e a Citroën montava o resto.
A mecânica era também de uma simplicidade ímpar, com o motor de dois
cilindros opostos refrigerado a ar
do 2CV. Com cilindrada de 602 cm³, bloco e cabeçotes de alumínio e
um carburador Solex, fornecia a potência de 26 cv a 5.500 rpm e o
torque máximo de 4,4 m.kgf a 3.500 rpm. Como tradição, sua tração
era dianteira e a caixa tinha quatro marchas. A velocidade máxima de
100 km/h confirmava que sua intenção não era esportiva, mas sim
servir de forma prática e econômica ao variado público — estudantes,
pequenos entregadores, amantes das praias, turistas e fazendeiros. |
A versão de tração nas quatro rodas incluía redução e bloqueio manual do diferencial traseiro, mas não fez sucesso: menos de 1% dos jipes tiveram essa transmissão |
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Seus concorrentes naturais eram o inglês Mini Moke, derivado do
Austin Mini; o conterrâneo
Renault Rodéo, derivado do R4;
os italianos CAP Scoiattolo e Savio Jungla, ambos com mecânica Fiat;
e o alemão Volkswagen 181. Em 1971 foram
exportados 1.000 exemplares do Méhari para os Estados Unidos, com
algumas modificações para se adaptar àquele mercado. No ano seguinte
11.500 unidades foram entregues ao exército, polícia e bombeiros
franceses. |
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O Méhari Azur, com decoração jovial em azul e branco por fora e por dentro, foi uma das últimas novidades -- cinco anos depois a produção era encerrada |
Três anos depois a versão 4x4 do Méhari era apresentada. O motor era
o mesmo, mas a transmissão vinha reforçada, tinha um redutor na
caixa de marchas e bloqueio manual do diferencial traseiro. Passava
a contar com quatro freios a disco e a carroceria recebia reforços.
Também reforçados eram os novos pára-choques e podia vir com o
estepe sobre o capô. O painel recebia conta-giros e também um
relógio que marcava as horas de uso da tração total. Tinha quatro
alavancas para controlar a tração, três só no painel. Mas apenas
1.213 foram fabricados. |
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