No 166 era adotado um curso de pistões mais longo (58,8 mm), que ficou inalterado nas versões seguintes do motor. Apenas o diâmetro variava: 60, 65 e 68 mm, na ordem, para os modelos 166, 195 e 212. No primeiro Inter a cilindrada exata era de 1.995 cm³ ou 166 cm³ por cilindro, daí o número que o identificava. Montado à frente com um câmbio de cinco marchas e tração traseira, o V12 trazia desempenho muito bom ao leve cupê de cerca de 950 kg. A velocidade máxima da versão menos potente estava ao redor de 170 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em 10 segundos. |
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Um ano depois do 166 estreava o 195 Inter, com o motor ampliado para 2,35 litros e maior entreeixos; a Vignale e a Ghia produziram a maior parte das carrocerias |
Apenas 37 unidades do 166 Inter foram produzidas até 1951, sendo nove
cupês e 11 berlinetas Touring, cinco cupês e três conversíveis
Stabilimenti Farina, dois cupês e seis berlinetas Vignale e um só cupê
Ghia. As berlinetas tinham a traseira mais inclinada, sem o volume
saliente dos cupês, em uma distinção semelhante à de nosso
Willys Interlagos. Além do
Inter, a linha 166 incluiu diferentes versões para
competição. |
O 212 Inter chegava em 1951 com novo aumento de entreeixos e de cilindrada; o V12 de 2,6 litros obtinha 150 cv |
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O
Salão de Bruxelas (Bélgica) de 1951 exibia a terceira versão da série,
o 212. Vendido em versões Export (voltada a versões mais esportivas,
com o entreeixos de 2,50 m), e Inter, alongada para 2,60 m, tinha o
chassi reforçado e bitolas mais largas em função do motor mais
potente. O V12 de Colombo deslocava agora 2.563 cm³, 213,5 por
cilindro, e produzia 150 cv a 6.000 rpm com um carburador Weber ou 170
cv a 6.500 rpm se equipado com três. Embora o mais forte estivesse
reservado ao Export, a Ferrari aceitava aplicá-lo ao Inter sob pedido.
Máxima superior a 190 km/h e 0-100 em nove segundos colocavam esta
versão entre os automóveis de rua mais rápidos de seu tempo. |
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O chassi Export, com menor entreeixos, foi "vestido" com carrocerias mais esportivas como esta Spyder da Vignale, o construtor mais freqüente para o 212 |
Ainda em 1952 a Ferrari iniciava, com o modelo esporte 250 S, a longeva série com o V12 de Colombo ampliado para 3,0 litros, que teria continuidade no ano seguinte com o grã-turismo 250 Europa. Após 145 unidades, a linhagem Inter encerrava-se com uma missão cumprida: estabelecer a marca do comendador Enzo em um segmento de elite, onde o desempenho alia-se ao conforto para compor automóveis desejados por milhares nos quatro cantos do mundo. |
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