O Grande Mercedes
Avantajado no tamanho, na
técnica e no desempenho, o
770 |
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Apesar da Grande Depressão, a recessão mundial trazida pela quebra da
Bolsa de Nova York em outubro de 1929, a década de 1930 foi marcada pelo
lançamento de carros de alto luxo, que custavam mais que boas
residências e traziam a seus donos muito conforto, desempenho e
ostentação. Há o caso famoso do Cadillac
V16, nascido nos Estados Unidos pouco após o deflagrar da crise, mas
ele não foi o único. Do outro lado do Atlântico, a Mercedes-Benz
introduzia, no Salão de Paris de 1930, o modelo 770. |
Acima e ao lado, belos exemplares do 770 de primeira geração: 5,4 metros de comprimento e 2,7 toneladas de conforto e sofisticação |
Havia seis versões: limusine Pullman, conversível de turismo de seis
lugares, Cabriolet F também de seis lugares, Cabriolet D de quatro
portas, Cabriolet B (duas portas e quatro janelas laterais) e C (duas
portas, duas janelas), os dois últimos com aspecto mais esportivo.
Além dessa escolha, o cliente podia selecionar inúmeras opções de
acabamento, interna e externamente, o que gerava carros quase que
individuais. Por dentro, o requinte incluía painel em
madeira, instrumentação completa (com conta-giros, manômetro de óleo,
voltímetro e amperímetro), aquecimento da parte traseira da cabine e
rádio. Um segundo aro no volante acionava a buzina, o que se tornaria
habitual nos Mercedes. Se desejado pelo comprador,
vinha na traseira um porta-bagagens com um compartimento comum ou
malas especiais de produção artesanal. |
O painel de madeira era rico em mostradores e o acabamento seguia os pedidos do cliente, tornando cada carro personalizado |
Alimentado por um carburador de corpo duplo, o motor usava ainda um
sistema redundante de ignição: tanto a bateria quanto o magneto
forneciam, de forma independente, a energia para as velas. Embora com
esse propulsor o 770 já andasse muito bem (velocidade máxima de 150
km/h), poucos o compraram assim. A maioria requisitou o compressor
Roots opcional, que custava sozinho o preço de um bom carro médio, mas
produzia um som muito apreciado. E destacava ainda mais o Mercedes,
graças aos tubos de escapamento que saíam pelo lado do capô,
um recurso idealizado para melhor dissipação de calor. |
Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos - Envie por e-mail Data de publicação: 24/1/06 © Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade |