As suspensões tinham eixos rígidos, feixes de molas semi-elíticas e amortecedores de dupla ação, raros na época, e a tração traseira contava com diferencial de alumínio. Um sistema automático fornecia óleo do motor para todos os pontos de lubrificação do chassi, incluindo a junta universal do cardã. Os freios tinham grandes tambores, com assistência a vácuo, e as rodas podiam ter raios de madeira ou metálicos, ao gosto do cliente. A medida dos pneus era 7,00-20. |
Das seis versões, cinco eram conversíveis; o motor de oito cilindros e 7,7 litros podia ter compressor, identificado pelos tubos de escapamento expostos junto ao capô |
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O
primeiro 770 recebeu discretas evoluções em 1934 e 1936: saídas de ar
horizontais no capô, pára-lamas com linhas mais alongadas e melhor
integração ao desenho dos estribos, uma portinhola no pára-lama
traseiro para ocultar o bocal de abastecimento. Saía de produção
depois de 119 unidades, feitas entre setembro de 1930 e junho de 1938.
Algumas foram entregues a personalidades: o ex-imperador alemão
Wilhelm II recebeu um Cabriolet F cinza, em 1931, e a família real
japonesa teve um modelo 1935 vermelho-escuro, hoje num museu da marca. |
O segundo 770 em versão Cabriolet F: ainda maior e mais pesado, mas também mais potente
Nas suspensões, boas novidades: a dianteira adotava braços "A" que
formavam um paralelogramo, e a traseira,
eixo DeDion, ambas com molas helicoidais — que em 1939 passavam a
ser duplas no eixo posterior, uma montada dentro da outra em cada
lado. Os freios ganhavam acionamento hidráulico e dois cilindros em
cada roda, cujos pneus estavam mais largos e baixos (8,25-17). A linha
compreendia a limusine Pullman e outra de quatro portas, o conversível
de turismo e os Cabriolets D e F, este com até oito lugares. |
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O compressor agora era padrão, mas só atuava se solicitado com o acelerador, condição em que a potência passava de 155 para 230 cv |
Apenas cinco unidades saíram com um motor especial, dotado de taxa de
compressão mais alta (7,2:1 em vez de 6,1:1), dois carburadores de
corpo duplo e dois compressores. De 160 cv em
aspiração natural passava a
estonteantes 400 cv com os superalimentadores em ação, o bastante para
chegar a 200 km/h. Um espanto para quem imagina que esse patamar de
potência é coisa de supercarro recente. O 770 podia também vir de
fábrica blindado, o que levava o peso a mastodônticos 4.800 kg e
limitava a velocidade máxima a 80 km/h, uma restrição dos pneus
multicâmara à prova de bala. Nessa configuração o consumo estava em
redor de 2,5 km/l, o que justificava o tanque de combustível de 195
litros. |
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