Um nobre para a nobreza

Enorme, luxuoso e de técnica inovadora, o modelo 600
contribuiu muito para a imagem de requinte da Mercedes

Uma das empresas mais famosas do mundo do automóvel começou suas atividades ainda no século XIX. Em 1883 era fundada a Benz & Co Rheinische Gasmotoremfabrik, em Mannheim, na Alemanha e,  em 1890, a Daimler Motoren Gesellschaft, em Cannstadt. A fusão de ambas acontecia em 1926, tornando-se a Daimler-Benz Aktiengesellschaft, ou Daimler-Benz AG.

Produziam motores aeronáuticos, marítimos e terrestres. Estas atividades são a origem da famosa estrela de três pontas, símbolo de qualidade em todo o planeta. Após a fusão das duas empresas, acrescentou-se ao símbolo uma coroa de louros.

Desde 1930, a tradicional fábrica alemã produzia a série 770 (chassi W150), conhecida como Grosser (grande) Mercedes. Eram carros de quatro portas de grandes dimensões e com motores muito potentes: oito cilindros em linha, 7.655 cm³, compressor mecânico e potência de 200 cv. Chegavam a 160 km/h. Após a Segunda Guerra Mundial, suas fábricas estavam quase ou totalmente destruídas, mas as atividades reiniciavam-se em 1946.

Cinco anos depois, lançava um carro de luxo e prestigio, voltando a suas origens. Era o modelo 300 (chassi W186), com quatro portas e motor de seis cilindros, 2.996 cm³ e 115 cv a 4.600 rpm. Apelidado Adenauer, em alusão ao chanceler Konrad Adenauer, que governou a Alemanha de 1949 a 1959, tinha a velocidade final de 160 km/h e bom desempenho, apesar de seus 1.800 kg e quase cinco metros de comprimento.

O projeto de um novo automóvel começava em 1956, pois a concorrência em todo o mundo dos carros de alto luxo se modernizava. Em agosto de 1963, na Bélgica, era apresentado "o melhor carro do mundo", na definição da empresa. Semanas depois, no Salão de Frankfurt, na Alemanha, a estrela de três pontas da casa Daimler-Benz tornava a brilhar. Continua

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Data de publicação: 20/9/03

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