A suspensão traseira, independente por semi-eixos oscilantes (como no Volkswagen), utilizava duas molas helicoidais por lado e um recurso interessante: barras de torção auxiliares, uma para cada roda, que atuavam por um comando no painel quando se transportasse mais peso. Os freios a tambor e os pneus 7,10-15 ofereciam segurança suficiente para os padrões de então. O chassi e o diferencial, que era bipartido, podiam ser lubrificados por um sistema automático acionado a pedal pelo motorista. |
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Malas feitas sob medida eram oferecidas pela Mercedes. Para rodar com mais peso sem perder a estabilidade, o motorista acionava a bordo barras de torção auxiliares na suspensão traseira |
O 300 era o maior, mais
luxuoso e veloz carro alemão desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Tão logo o conheceu no salão, Adenauer encomendou um para seu uso
oficial, recebendo-o em dezembro de 1951. Seu carro tinha equipamentos
especiais como um vidro dividindo os compartimentos de motorista e
passageiros (com acionamento manual), telefone via rádio, teto solar e
dois estepes. Custou cerca de 20 mil marcos, mais que o dobro do preço
de um Opel Käpitan naquele ano. |
Mesmo sem os detalhes encomendados por Adenauer, como telefone via rádio e vidro para dividir a cabine, o 300 era o maior, mais luxuoso e rápido carro alemão de seu tempo |
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A última evolução, 300d
(plataforma W189), introduzia em setembro de 1957 injeção mecânica de
combustível Bosch e taxa de compressão elevada a 8,55:1, levando o
motor a 160 cv e o carro a 165 km/h. Exibia também estilo renovado,
com pára-choques volumosos, lanternas e vidro traseiro maiores,
pára-lamas posteriores mais imponentes e janelas laterais traseiras
que trocavam as formas arredondadas por mais angulosas. |
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A renovação de 1957 o deixou com aparência de hardtop: as portas não tinham molduras nas janelas e quase toda a área envidraçada lateral podia ser abaixada |
O conversível desaparecia da oferta, retornando um ano depois apenas sob encomenda. Três modelos com entreeixos mais longo, de 3,60 metros, seriam fabricados após 1960 para usos especiais: um foi carro oficial do Papa João XXIII, os outros eram alugados pela Mercedes por dia, com motorista incluído. Ao ser descontinuado, em 1962, o "Adenauer" acumulava 12.290 unidades produzidas — as remanescentes valem muito hoje no mercado de clássicos, em particular os mais raros conversíveis. |
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