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O show do milhão

Barato, simples e econômico, o Morris Minor
foi o primeiro inglês a vencer essa barreira

Texto: Rodrigo Fonseca - Edição: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

O ano de 1948 foi de grande importância para o mercado automobilístico inglês. Era realizado em Londres o primeiro Salão do Automóvel na Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial. Se o grande destaque foi o Jaguar XK 120, um carro de sonho, também era apresentado um pequeno Morris, que estabeleceria um recorde de vendas no país e se tornaria um dos maiores sucessos da indústria britânica.

Apesar do motor antigo e da simplicidade, o Minor foi inovador na estrutura monobloco e surpreendeu pela eficiência da suspensão dianteira e da direção

Em um país abalado pela guerra, o que a população precisava era de um carro barato, simples e econômico. E o Morris Minor foi esse carro. Fora projetado por sir Alec Issigonis, grego de nascimento, o mesmo que anos mais tarde se tornaria célebre ao projetar o Austin Mini. O projeto do Minor data de 1943, quando foram feitos os primeiros protótipos. Detalhe curioso é que o carro deveria se chamar Mosquito, mas várias outras fábricas reivindicavam direitos sobre o nome.

Issigonis, que acompanhou de perto o desenvolvimento do carro, queria um motor de quatro cilindros opostos (boxer). Mas por razões financeiras foi utilizado o de 918 cm3, quatro cilindros em linha e válvulas laterais do Morris 8 de antes da guerra. Apesar do motor antigo, o carro tinha algumas inovações, como a estrutura monobloco. A carroceria definitiva media 1,55 metro de largura, 10 cm a mais que a do protótipo.

Bem motorizado, economicamente: o anúncio diz tudo sobre o pequeno carro popular inglês. Os faróis mais altos substituíram os modestos anteriores (foto acima) em 1950

Mesmo com pouca potência, cerca de 28 cv, era confortável de dirigir devido à maciez da suspensão dianteira independente, com barras de torção (na traseira era de eixo rígido com molas semi-elíticas), e à direção de pinhão e cremalheira. O piloto inglês Stirling Moss teria perdido sua carteira de habilitação por um mês, ao ser flagrado divertindo-se em curvas com um desses carrinhos.

A transmissão era manual de quatro marchas e o carro chegava a cerca de 100 km/h, mais que suficientes para as condições de então. Os freios a tambor davam conta do recado e o consumo, fundamental em um carro com sua proposta, ficava em torno de 12 a 15 km/l. A aceleração não era seu forte: levava mais de 50 s para atingir 100 km/h. Continua

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Data de publicação deste artigo: 19/3/02

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