Em 1977 o Bonneville ganhava formas retilíneas e estava menor e mais leve; logo receberia o motor V6 a gasolina e o problemático V8 a diesel (ao lado o Brougham Coupe de 1980)
Para ler
75 Years of Pontiac: The Official History - por John Gunnel, editora Krause Publications. Uma das maiores autoridades quando o assunto é Pontiac, Gunnel produziu este livro de 223 páginas por ocasião do aniversário de 75 anos da divisão em 2001. Os entusiastas têm em mãos uma obra repleta de informações históricas sobre os diversos modelos da empresa, desde 1926 até o ano 2000, caso do polêmico Aztek. Ricamente ilustrado com 250 grandes fotografias coloridas, o livro é uma edição comemorativa que contou com a colaboração da própria Pontiac.
 

O confortável modelo 1981 foi o último da "primeira vida" do Bonneville

Quem viu os primeiros Bonnevilles deve ter estranhado a quinta carroceria do modelo que estreou em 1977. Assim como Oldsmobille 88, Chevy Caprice, Bel Air e Impala e Buick LeSabre, os tempos bicudos de gasolina cara pediam carros menores (embora os "menores" continuassem gigantes para nossos padrões) e mais leves — 360 kg a menos no caso do Bonneville. Seu estilo estava de acordo com os padrões retilíneos da época. Muito parecido com o Caprice, trazia um par de faróis retangulares de cada lado e a grade, junto ao para-choque (ambos cromados), criava um bico típico da Pontiac para diferenciá-lo de outros modelos da GM. A lateral era lisa, mas com acabamento cromado na parte inferior das portas; a caixa de roda traseira era coberta com uma tampa e a coluna traseira também não exibia janela. A plataforma usada era a B da corporação.

Mudança positiva foi a volta da versão perua, chamada Safari, que podia receber aplique imitando madeira nas laterais, muito apreciado naquele mercado. Com uma terceira fileira de bancos, o modelo familiar podia levar até nove passageiros e a porta traseira tinha dois sistemas de abertura: para o lado ou para baixo, como nos picapes. O motor básico da linha era o V8 301 de 4,95 litros e 137 cv. O comprador tinha à disposição também o 350 de 5,75 litros, com 172 cv e 37,9 m.kgf, e o maior 400 de 6,6 litros, 187 cv e 44,9 m.kgf.

A situação ficou pior com as regulamentações da Corporate Average Fuel Economy ou Cafe (economia de combustível média corporativa), programa do governo para otimizar o consumo dos automóveis de cada marca. Quem vendesse carros beberrões deveria compensar o alto consumo com a venda de modelos bem mais econômicos. Em 1980 o motor de entrada era um V6 da Buick com 231 pol³ (3,8 litros); os V8 se resumiam aos de 265 e 301 pol³ (4,3 e 4,95 litros) com 120 e 135 cv, na ordem. De triste memória é o V8 a diesel da Oldsmobile, com 350 pol³ (5,75 litros), que produzia entre 106 e 121 cv e torque de até 30 m.kgf. Fonte de problemas como superaquecimento, além do desempenho insatisfatório, sedimentou a rejeição dos norte-americanos por esse combustível. Outro V8 de 5,7 litros, mas a gasolina, só figurou no catálogo em 1979.

Em 1981 o Bonneville era retirado de produção, assim como o mais barato Catalina, efeito da segunda crise do petróleo iniciada em 1979. Os compradores estavam de olho em motores de quatro ou seis cilindros em carros compactos. O fim dessa primeira leva de grandes norte-americanos com tração traseira coincidiu com o encerramento dos V8 da Pontiac. Dali em diante o futuro reservaria para a marca somente motores de oito cilindros emprestados por outras divisões da GM. Continua

Nas telas
É possível acompanhar a história do Pontiac Bonneville pelo cinema. Em O Caixeiro Viajante (Salesman, 1968), há um sedã do início da década de 1960 usado por um dos personagens. O longa mostra quatro viajantes que vendem luxuosas edições da Bíblia, Estados Unidos afora.

Já em Viver por Viver (Vivre pour vivre, 1967), um conversível 1958 é destruído em uma das cenas. A história da película francesa gira em torno do jornalista Robert Colomb e seus romances extraconjugais. Um dos primeiros trabalhos da atriz Candice Bergen. Em Show Bar (Coyote Ugly, 2000), um conversível 1969 é o carro de um dos personagens. A história é de uma jovem que sonha em ser cantora, mas chegando a Nova York acaba trabalhando em um bar repleto de garçonetes provocantes.

A versão perua do Bonneville aparece em alguns longas, como na comédia Loucademia de Polícia 3 - De Volta ao Treinamento (Police Academy 3: Back in Training, 1986), em O Jogo (The Game, 1997) e Cane e Gatto (1982). Vários modelos estão em seriados antigos e recentes, como Donas de Casas Desesperadas (Desperate Housewives, 2004-2009), O Fugitivo (The Fugitive, 1963-1967), O Santo (The Saint, 1962-1969), A Feiticeira (Bewitched, 1964-1972), Miami Vice (1984-1989) e CSI: Miami (2002-2009).
Viver por Viver Show Bar
Cane e Gatto Loucademia de Polícia 3

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