
Enquanto o Bonneville Model G de
1982 vinha menor e com motores de baixa potência, a concorrência
continuava a oferecer os grandes sedãs

Se a nova geração de 1987
ganhava certa esportividade na aparência, o desempenho decepcionava:
meros 152 cv no Buick V6 de 3,8 litros



O modelo 1992 vinha mais
arredondado, permanecia confortável e, com adoção de compressor no motor
V6, aumentava a potência para 207 cv |

No ano seguinte, porém, a Pontiac pegava os fãs do Bonneville de
surpresa: o nome ressurgia em um veículo de categoria inferior,
substituindo o Le Mans. A nova plataforma, chamada G e mais compacta,
fez o novo carro ser conhecido como Bonneville Model G. As linhas ainda
eram retas e muito semelhantes às da geração anterior, mas com uma
frente um pouco mais sisuda. Não era diferente do encontrado em vários
modelos no mercado. Já a perua saía de linha, substituída pela Pontiac
6000, de tração dianteira. Os motores disponíveis eram o V6 231, o
Chevrolet V8 305 (5,0 litros) e o Olds 350 a diesel. O regime severo
pelo qual passou o Bonneville não foi muito bem visto, já que seus
concorrentes (Caprice, Olds 88, LeSabre e Mercury Grand Marquis) ainda
estavam na ativa.
A solução para a questão foi caseira: no fim de 1983 a Pontiac trouxe
novamente o Bonneville para o segmento dos grandes com o Parisienne,
nada mais que o Caprice fabricado pela Pontiac no Canadá. Foi assim até
1986. No ano seguinte mais uma geração surgia, desta vez toda nova, seja
no desenho ou na técnica. O Bonneville dava adeus à tração traseira
graças ao emprego da plataforma H, de tração dianteira, que também
servia ao LeSabre e ao 88. Frente em cunha, linha de cintura baixa,
traseira reta com lanternas horizontais e para-choques envolventes na
cor da carroceria davam o tom do modelo. Media 5,0 m de comprimento,
1,83 m de largura, 1,38 m de altura e entre-eixos de 2,81 m.
Agora somente um motor estava disponível no outrora pujante Bonneville,
o V6 de 3,8 litros e 152 cv. O câmbio automático Hydramatic 4T60 de
quatro marchas era de série. Com acabamentos básico e LE, este último
ainda podia receber o pacote esportivo SE, que trazia outras relações de
marchas, suspensão revista e equipamentos de conforto. Mudanças vieram
para a linha em 1988, em que o motor passou a entregar 167 cv graças à
injeção de combustível. O modelo básico era o LE e duas novas opções
apareciam: a SE e a de topo SSE. Esta última oferecia molduras plásticas
laterais, saia traseira e sistema de áudio superior com oito
alto-falantes, entre outros. Em 1989 um toca-CDs era opcional e, no ano
seguinte, controle remoto da trava das portas era oferecido.
Mais esportivo
Não demorou
para que a Pontiac trouxesse uma nova geração do modelo em 1992.
Visivelmente mais esportivo, o novo Bonneville estava também mais
confortável e seguro. Destaque para a frente baixa com faróis
amendoados, o quebra-vento estilizado nas portas dianteiras e a curva da
porta traseira no estilo consagrado pela BMW. Feito sobre a mesma
plataforma anterior, suas medidas pouco mudaram. Se o objetivo
primordial do carro mudou com o passar dos tempos, a segurança saltou a
olhos vistos. Bolsa inflável para motorista era de série em todas as
versões e os freios com sistema antitravamento (ABS) estavam disponíveis
em um pacote esportivo. Já a versão SSE trazia, além do ABS, controle de
tração.
Uma nova opção era incluída, a de topo SSEi. O motor continuava o V6 de
3,8 litros, mas entregando 172 cv e 31 m.kgf. Quem quisesse mais
potência podia escolher a unidade com
compressor Eaton M62, que elevava a potência a 207 cv e o torque a
36 m.kgf e se traduzia em aceleração de 0 a 96 km/h em nove segundos. O
câmbio permanecia o automático de quatro marchas. No ano seguinte a
Pontiac acrescentava bancos revestidos em couro, ar-condicionado com
controle automático e melhor sistema de áudio ao Bonneville SE, montando
a versão SLE, sigla para Sport Luxury Edition. Em 1994 uma nova geração
do compressor Eaton elevava a potência do V6 para 228 cv e o torque para
38 m.kgf. Outras novidades eram as rodas Torque Star e a bolsa inflável
para o passageiro de série em todas as versões. Continua
|