


Motor Cadillac V8 de 278 cv,
suspensão multibraço e estilo mais limpo vinham no GXP 2003, mas esse
foi um dos últimos anos do Bonneville |
Em 1995 o motor sem compressor passava por melhorias para entregar 207
cv e 31 m.kgf. Discretas modificações de estilo vinham para o ano
seguinte. A mais importante era a volta da tradicional grade em duas
partes, abandonada havia muito tempo no Bonneville. Seguramente ela dava
um toque esportivo ao carro. No mesmo ano o motor com compressor
entregava 243 cv e 38,7 m.kgf. Mesmo com o peso de 1.747 kg da versão,
bastavam 7,5 segundos para ir de 0 a 96 e a velocidade máxima estava
acima de 200 km/h. Pouco antes de mudar novamente, uma nova caixa
automática de quatro marchas era adotada.
A última geração do grande Pontiac apareceu em 2000 com um desenho
charmoso e moderno. Estava elegante, com perfil baixo e esportivo,
grandes faróis e a grade tradicional da marca junto de um para-choque
bastante pronunciado. Em meio a uma selva de modelos muito parecidos,
ainda era possível distinguir um Bonneville que se aproximasse no
retrovisor. O interior continuava luxuoso e havia recursos como
controle de estabilidade, monitor de
pressão dos pneus e projeção de informações no para-brisa, tudo para
enfrentar concorrentes como Chrysler 300M, Nissan Maxima e Lexus ES 300.
Media 5,14 m de comprimento, 1,88m de largura, 1,42 m de altura e 2,85 m
de entre-eixos. O peso chegava a 1.700 kg.
Boa novidade em 2003 era a volta do V8. O fim do Oldsmobile Aurora criou
uma lacuna no segmento para a GM e assim a Pontiac passou a usar o
moderno motor Northstar da Cadillac, de 4,6 litros, com bloco de
alumínio, duplo comando nos cabeçotes e
32 válvulas, na nova versão GXP. Com 278 cv e 41,5 m.kgf, o Bonneville
acelerava de 0 a 96 km/h em apenas 6,5 segundos, muito bom para sua
proposta. As rodas de 18 pol com pneus 235/50 compunham o ar esportivo,
que não mais trazia o excesso de molduras plásticas, e a
suspensão traseira evoluía de McPherson para multibraço. No último ano
de produção a Pontiac deu à versão SLE boa parte das soluções estéticas
do GXP, exceto rodas e ponteiras do escapamento.
Mas os tempos eram outros e em maio de 2005 o Bonneville encerrava sua
longa carreira como o grande Pontiac. Seu substituto, o G8, passou a vir
da Austrália — é uma versão do Holden VE Commodore — e, apesar de todos
os méritos, não agrada aos clientes fiéis a produtos norte-americanos.
Entre altos e baixos, o Bonneville deixou saudades em seu público e
mostrou, acima de tudo, como a General Motors lidou com suas próprias
decisões, as do governo e a vontade do consumidor em momentos difíceis. |