A linha 1937 mantinha apenas o One Twenty (ao lado) e o Super Eight, este com motor de 130 cv; abaixo, uma perua One Twenty do mesmo ano com carroceria de madeira

Sedã conversível, cupê e roadster: modelos da linha Super Eight 1938

O Super Eight Touring Sedan 1939 e o interior do sedã de oito lugares

Em agosto a linha 1934 já estava nas lojas. Todos os carros da marca adotavam a famosa grade com vinco central que caracterizou os anos de ouro da Packard. O chassi do Eight dispunha de três possíveis entreeixos: 3,28, 3,45 e 3,58 m. Os modelos 1935 trouxeram cabeçote de alumínio e embreagem de disco único. Sob influência da estética streamline da época, de linhas fluidas e aerodinâmicas, o desenho estava ainda mais arredondado, como se percebia pela base ovalada dos faróis, os pára-lamas traseiros e as linhas do teto das versões fechadas. O Eight rendia 130 cv, com entreeixos de 3,23, 3,40 e 3,53 m; o Super Eight produzia 150 cv, distando 3,35, 3,53 e 3,66 m cada eixo.

Na medida dos novos tempos   Também em 1935 a Packard introduziu uma opção ainda menor do Eight, com entreeixos de 3,05 cm. Chamado de One Twenty (120) em alusão à medida de entreeixos em polegadas, era equipado com o oito-cilindros de 4,2 litros e 110 cv, além da nova suspensão dianteira independente. Vinha em sete versões de carroceria, entre cupês, sedãs e um conversível. A exemplo do Light Eight, era um modelo de entrada, adaptado à realidade da ainda combalida economia americana. Custava de 980 a 1.095 dólares, enquanto os demais oito-cilindros da marca custavam de 2.385 a 5.815 dólares.

A evolução tecnológica e a variedade de opções afastaram a imagem da Packard para tempos de recessão da nova série, que se estabeleceu e evoluiu. O One Twenty B de 1936 conseguia 10 cv a mais, com seu motor de 4,6 litros, e trazia versão sedã conversível. Com a volta do Six em 1937 a Packard cancelou o Eight, mantendo apenas o One Twenty e o Super Eight. Este estava mais ameno, com 130 cv, e ambos já traziam freios com acionamento hidráulico. Apesar de seu nome sugerir entreeixos de 120 pol, o One Twenty foi dividido nas versões C e CD, esta com 3,50 m (138 pol) para uma das carrocerias sedãs e a limusine.

Os pára-lamas da linha 1938 estavam mais inflados, acompanhando linhas mais arredondadas. Após um ano de ausência, o Eight estava de volta com 120 cv e opção entre 3,23, 3,40 e 3,76 m na medida que era referência de toda a linha. Mas, como naqueles anos a Packard não se acanhava de contradizer estratégias de marketing e retomar nomenclaturas antigas, ele voltou a se chamar One Twenty em 1939. Desta vez só a nova perua woodie da marca, com laterais e traseira de madeira, tinha de fato os 3,05 m (120 pol) de entreeixos.

Os demais One Twenty mediam 3,23 ou 3,76 cm. A limusine do modelo comportava oito pessoas. Por outro lado, o Super Eight teve acentuado decréscimo no número de carrocerias realizadas por empresas especializadas. Eram apenas seis, entre sedãs e cupês fechados e abertos. Os motores de oito cilindros voltariam a ser o máximo em expressão de potência da Packard na linha 1940, com o cancelamento definitivo do Twelve. Ao mesmo tempo, o aspecto estético do Eight ganhava um forte aliado.

Packard Darrin   Praticamente todos os modelos da marca vinham com novo desenho nas laterais do capô e uma faixa cromada repleta de frisos. A exceção era a grande novidade da linha: o conversível Victoria, agora desenhado e adaptado por Howard ‘Dutch’ Darrin. Conhecido como Packard Darrin, sua linha de cintura descendia logo após o pára-brisa, ao estilo de roadsters europeus como o Mercedes-Benz 500K Spezial Roadster ou o MG TA. Darrin também criou um sedã e um phaeton com linha de cintura mais baixa, com um tempero mais esportivo que os demais Packards. Continua

Para ler
Packard - por Dennis Adler, editora Motorbooks. O livro cobre em 156 páginas a história completa da marca, do Modelo A de 1899 até o último Packard de 1958. As fotografias de época em preto e branco revezam-se com as atuais em cores. Ajuda o fato de que Adler é um especialista em automóveis clássicos, tendo vários livros publicados sobre o assunto.

Packard: A History of the Motor Car and the Company - por Beverly Rae Kimes, editora Automobile Quarterly. Extenso material sobre a marca e seus carros, o livro editado por Kimes tem nada menos que 828 páginas, com texto em inglês. Consumiu 10 anos de pesquisa de informações sobre os carros e os personagens por trás deles. Dezesseis colaboradores participaram da realização dessa rica fonte de referência sobre a Packard.

The Hemmings Motor News Book of Packards - por Terry Ehrich e Richard A. Lentinello, editora Hemmings Motor News. Como o título adianta, o livro é outra referência bibliográfica em inglês acerca da Packard, mas de modo mais ligeiro, com 120 páginas.
São abordados 14 modelos da marca, entre eles o Speedster e o Eight dos anos 30.

Packard: The Pride - por J. M. Fenster, Automobile Quarterly. O orgulho citado no título se apresenta neste livro de 208 páginas por meio de 32 automóveis da Packard, que pontuam a história do fabricante americano. Na capa está um Standard Eight 1932, um aperitivo que se confirma no conteúdo, com quantidade significativa de exemplares equipados com motor de oito cilindros.

Packard Motor Cars, 1935 Through 1942: Photo Archive - por Mark A. Patrick, editora Iconografix. Com ampla pesquisa iconográfica realizada na Detroit Public Library's National Automotive History Collection, o autor gasta 128 páginas para mostrar como o ano de 1935 marcou uma transição de produtos puramente luxuosos para uma família de modelos que incluía opções mais acessíveis, como o One Twenty. O período abordado no livro vai até a interrupção da produção com o início da Segunda Guerra.

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