O cupê GT/E (abaixo com a frente original; ao lado com a adotada para 1978) dava um tempero especial ao Kadett C, com visual esportivo, injeção e 105 cv

Na falta de um conversível, um targa: o Aero, feito pela Baur, permitia retirar o teto sobre os bancos dianteiros e abrir uma capota na traseira

No mesmo ano, no Salão de Frankfurt, em setembro, aparecia o esportivo GT/E com motor de 1,9 litro, injeção de combustível Bosch L-Jetronic, 105 cv e 15,2 m.kgf. Oferecido apenas como fastback de duas portas, o GT/E tinha sua caracterização garantida pela pintura em dois tons (de início, amarelo acima da linha de cintura e preto abaixo; mais tarde outras combinações foram usadas), rodas esportivas e faróis auxiliares. O interior recorria a um alegre revestimento, bancos com encostos de cabeça, painel com conta-giros e volante de três raios.

Com 900 kg para o saudável motor, o esportivo acelerava de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos e alcançava a máxima de 184 km/h — um forte concorrente para os Fords Escort mais potentes e, um ano mais tarde, o VW Golf GTI. E que ficaria ainda mais apimentado em 1977 com a chegada de uma série especial. A 1.000 Series, assim chamada pela produção prevista de 1.000 unidades — para homologação para competições —, aplicava ao GT/E motor de 2,0 litros, com 115 cv e 16,2 m.kgf, e câmbio de cinco marchas, uma a mais que o usual. O êxito foi tal que, depois de ver esgotado o volume programado já em abril de 1978, a Opel decidiu lançar mais duas séries que levaram o total a 2.234 exemplares.

Antes da edição limitada, porém, o Kadett C ganhou outra interessante opção. Na ausência de uma carroceria conversível, que só chegaria com o modelo E, a empresa de carrocerias Baur, de Stuttgart — conhecida, entre outros, por trabalhos para a BMW —, moveu para frente as colunas traseiras do sedã de duas portas, recortou o teto sobre os bancos dianteiros para aplicar uma seção removível (que podia ser guardada no porta-malas) e colocou uma capota rebatível na parte traseira, sobre os passageiros. Chamado de Aero, esse targa foi produzido de 1976 a 1978 em pouco mais de 1.200 unidades. Continua

O Kadett C pelo mundo
A geração C do Kadett alcançou grande número de mercados, por meio das diversas marcas que compunham a General Motors, ou pela produção e venda licenciada por outras empresas.

A inglesa Vauxhall fez seu Chevette, com interessantes variações técnicas e de estilo (leia boxe). Nos Estados Unidos, a Chevrolet lançou em 1976 sua versão com o mesmo nome, mas de estilo diferente do usado no Brasil ou na Europa (leia história).

Dentro da estratégia comum na GM de trabalhar o carro em duas ou mais divisões, a Pontiac o oferecia como T1000. Já para o Canadá o nome era Pontiac Acadian.

No Japão a parceira Isuzu produziu o Gemini, de 1974 em diante, como sedã de duas e quatro portas, incluindo motor de 1,8 litro e uma unidade a diesel. Uma reestilização da frente em 1979 (acima), que inspiraria o Chevette brasileiro de 1983, deixava o Gemini mais atual. Ele foi feito até 1984, longevidade que surpreende para um mercado desenvolvido como o japonês.

O Gemini era exportado à Austrália, que também usa o volante do lado direito, e vendido como Holden Gemini pela subsidiária local da GM. Além de versões pacatas e esportivas, uma variação furgão com decoração jovial, a Panel Van, foi vendida na terra dos cangurus de olho no público jovem.

A Isuzu o exportava também para os EUA, onde foi vendido como o fastback Buick Opel e substituiu o alemão; para a Malásia e a Tailândia, com o nome Opel Gemini; e para a Coreia do Sul, onde se chamava Saehan Gemini.

A Saehan, por sua vez, era adquirida em 1983 pela Daewoo, o que levou à mudança do nome para Daewoo Maepsy (depois Maepsy-Na, que significa novo Maepsy). O Gemini dos coreanos tinha motor de 1,5 litro e até opção de câmbio automático.

No mesmo país foi vendido o picape leve Saehan Max (depois Daewoo Max), um precursor do Chevy 500 brasileiro, embora com linhas bem diferentes. Como em picapes maiores, que usam carroceria sobre chassi, havia divisão entre cabine e caçamba para permitir flexão em pisos desnivelados.

Mesmo aqui na América do Sul houve diferentes variações. A Argentina produziu de 1974 a 1979 o Opel K-180, com o desenho original e quatro portas, mas com motor de 1,8 litro projetado no país. De 1980 a 1995 foi feito lá o GMC Chevette, que acompanhava as renovações de estilo lançadas no Brasil, mantendo o motor de maior cilindrada.

No Equador, a empresa Aymesa fazia o Condor. A versão GT mesclava a carroceria do Kadett fastback da Opel (que nunca existiu no modelo brasileiro) a uma frente sem grade, como a do Vauxhall Chevette inglês. Vinha ainda com defletor, faróis auxiliares e rodas mais largas.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade