Em 1977 era lançada a primeira série limitada, a Beaubourg, em homenagem ao futurista museu francês George Pompidou. Muito atraente. Três anos depois chegava o Austin Metro, também obra de Alec Issigonis. Deveria ser o substituto do Mini, mas não conseguiu a popularidade esperada. O Mini continuava a ser produzido na versão básica, com motor de 998 cm³ e 40 cv, caixa automática ou manual e pneus radiais 145 SR 10. Ainda era fornecido com teto branco, característica de longa data.

A frente modernizada da linha Clubman não teve boa aceitação, mas o 1275 GT -- com motor de 1,3 litro e 57 cv -- representou uma válida alternativa ao Cooper

Muitas versões   Ao comemorar seus 25 anos, em 1984, vinha a versão Mayfair, em homenagem a um bairro chique londrino. Tinha rodas de alumínio de 12 pol, freios dianteiros a disco, pára-choques e grade pretos. Nos anos seguintes surgiam mais versões: Chelsea, Ritz, Piccadilly, Park Lane, Red Hot e outras especiais. Em 1988, o criador de um dos mais famosos carros ingleses morria aos 81 anos. Já havia alguns anos que Alec estava debilitado fisicamente e vivia isolado.

Mas as vendas de seu maior sucesso não paravam de crescer. E havia um novo dono: a British Aeroespace, que pouco depois se associaria à Honda. Um ano mais tarde era lançada a versão Thirty, para comemorar os 30 anos de produção. Em 1990, já sob a tutela da Rover, o Mini ganhava versões especiais como a Flame e a Racing. Todas já dispunham de bancos mais largos com encostos de cabeça, acabamento de veludo ou couro e calotas. O estilo da carroceria imitava a primeira série do Cooper. O tanque já levava 34 litros e o peso passava a 675 kg. Era um carro urbano clássico e moderno ao mesmo tempo.

Nos anos 80 e 90 o Mini tornou-se um carro charmoso, com apelo nostálgico, e ganhou várias edições especiais, como a requintada Mayfair de 1984

Os mercados japonês e francês, onde a admiração feminina pelo Mini era grande, estavam entre os maiores compradores do célebre inglês. E voltava a fazer parte do catálogo a versão Cooper, agora denominada Monte Carlo. O motor dotado de injeção eletrônica e catalisador perdia potência, mas atendia às exigências de vários mercados. Com 1.275 cm³, desenvolvia 65 cv a 5.700 rpm para uma velocidade máxima de 155 km/h. Continua

No Carro do Século
Em 1996 a Global Automotive Elections Foundation iniciou a seleção de automóveis para o prêmio Car of the Century (CTOC), ou Carro do Século. Um júri de 132 jornalistas do setor, de 33 países, reduziu a lista a 100 modelos, depois 25 e enfim cinco. O resultado foi a vitória do Ford Modelo T, com 742 pontos, seguido pelo Mini (617), Citroën DS (567), Volkswagen (521) e Porsche 911 (303). Portanto, o pequenino inglês deixou para trás um dos carros mais populares do mundo, uma jóia da tecnologia francesa e uma lenda germânica ainda em produção. Só perdeu mesmo para o americano que deu rodas à população no início do século passado. Mesmo assim, foi escolhido o principal carro do século para a Europa, em pesquisa pela internet realizada pela mesma entidade do CTOC.
Para ler
Le Guide de La Mini, 1959-1984 - por Thibaut Amant, editora ETAI; La Mini de 1959 a nos jours - editora Hermé. Do mesmo autor, o primeiro foi lançado em 2004 e tem 160 páginas, com informações de história, dicas para identificar cada versão e ano-modelo, conselhos para manutenção. O outro, com 130 páginas, foi lançado em 2002 e concentra-se na evolução do carrinho em seus mais de 40 anos de produção.
Album Mini - por Patrick Boutevin, editora EPA. Bem encadernada e com ótima apresentação, a obra de 1994 tem 190 páginas.
The Big Mini Book - por Johannes Hübner, editora Bay View Books. Boa publicação inglesa, com 136 páginas que trazem toda sua evolução.

Anatomy of the Works Minis
- por Bryan Moytan, editora Veloce. Com 96 páginas, destaca a história do modelo em competições de asfalto e ralis.
Mini - Gold Portfolio - editora Brooklands. São quatro livros: Mini de 1959 a 1969, de 1969 a 1980, Cooper de 1971 a 1981 e High Performance Minis de 1960 a 1973. Trazem testes da revista Road & Track, história, dados técnicos, corridas, dicas de compra. Cada um tem cerca de 180 páginas.

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