Em 1932 a potência da série Zeppelin já alcançava 200 cv a 3.200 rpm, obtidos do V12 de 7.922 cm³ do DS8, que também trazia câmbio de cinco marchas com sistema de pré-seleção e freios assistidos. As dimensões do DS7 eram mantidas, mas o carro estava apto a alcançar 170 km/h com as versões mais aerodinâmicas de carroceria. Para se ter uma idéia do que isso representava na época, o Mercedes-Benz 380 do ano seguinte, em sua opção mais potente — com oito cilindros, 4,0 litros e compressor —, fornecia 144 cv e chegava a 145 km/h.

No interior do DS8 de 1932, painel completo, acabamento de primeira linha e o volante com duas hastes para comandar as trocas de marcha

Um anúncio do chassi do DS8 — a receber a carroceria desejada pelo cliente — destacava a rotação de apenas 2.100 rpm para manter 96 km/h. O motor usava dois carburadores e bloco de alumínio, mas os cabeçotes (onde ficavam as válvulas) eram de ferro fundido. O comando de válvulas estava no bloco, dentro do "V" de 60 graus entre as bancadas, e seu acionamento usava engrenagens em vez da mais comum corrente.

Câmbio mais fácil   A caixa de câmbio de quatro marchas já tinha todas elas sincronizadas, algo impensável à época para a maioria dos fabricantes. Até então, trocar marchas envolvia a operação de dupla-embreagem, trabalho que a Maybach quis poupar a seus clientes. Foi então desenvolvida uma caixa com engates a vácuo, em que a embreagem só precisava ser usado para arrancar, parar e engatar a ré. As mudanças de marcha eram operadas por pequenas hastes no cubo do volante. Para engatar a primeira, ambas as hastes eram movidas para baixo; segunda, a do lado esquerdo era conduzida para cima; terceira, ambas as hastes giravam em 90 graus no sentido anti-horário; e quarta, repetia-se o movimento feito para a segunda.

Este sedã quatro-portas DS8 de 1938 (também na foto que abre este artigo) tem linhas diferentes do conversível 1932, mas também se aproxima de 5,5 metros de comprimento

A alavanca no assoalho servia para operar a caixa de redução — como em utilitários com tração nas quatro rodas —, que duplicava o número de marchas para aumentar o torque em condições severas. Outros esforços de que a empresa livrou seus compradores eram o de erguer o carro com um macaco para troca de pneu — havia um macaco hidráulico para cada roda, acionado pelo próprio motor — e o de enchê-los com uma bomba comum, pois um compressor mecânico era fornecido com o carro. O freio de estacionamento operava nas quatro rodas, que eram de 20 pol e usavam pneus 7,00-20 na frente e 7,50-20 na traseiro. O tanque comportava 135 litros de combustível. O DS8 preto e bege das fotos, um conversível de quatro portas com carroceria Spohn e sete lugares fabricado em 1932, pesa cerca de 2.800 kg. Continua

Em escala

A alemã Minichamps reproduziu na escala 1:43 o Maybach Zeppelin de 1932 (acima), um belo conversível de quatro portas com carroceria em vermelho escuro e pára-lamas pretos. Outra opção do fabricante é o Zeppelin DS8.

Do mesmo ano (acima), vem todo em verde claro — até a capota recolhida na traseira. O tamanho reduzido não impede que as miniaturas impressionem pela qualidade e os detalhes externos e internos.

A Anson fez um DS8 (ao lado), também de 1932, em preto ou vermelho na escala 1:18. O detalhamento é menor que no modelo da Minichamps, mas se podem ver o motor, os componentes internos e até os escapamentos.

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