Mecânica antiga
Para
surpresa geral, sob o capô do Ka estava um motor arcaico para sua
proposta tão moderna: o Endura-E, uma atualização do Kent lançado
pela Ford inglesa na década de 1950. Com bloco e cabeçote de ferro
fundido e comando de válvulas no bloco, seu projeto estava bastante
superado, mas havia qualidades como economia de combustível e
facilidade de manutenção. Além disso, recebeu moderna injeção
multiponto seqüencial. Com cilindrada de 1,3 litro, rendia a
potência de 60 cv a 5.000 rpm.
Um dos destaques do Ka, o comportamento dinâmico, tinha uma
explicação. As rodas quase nos extremos da carroceria, produzindo
balanços pequenos, contribuem para
concentrar o peso próximo ao centro de rotação do veículo. Reduz-se
assim o chamado momento polar de inércia, que representa o peso do
veículo conforme sua distribuição por todo ele. O efeito é diminuir
as tendência a sair de frente, nas entradas de curva, e de traseira
quando se corta a aceleração dentro dela. As versões iniciais eram
chamadas de Ka2 e Ka3, esta mais luxuosa, com revestimento dos
bancos em couro e ar-condicionado de série.
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