Com a série VP (1991) o SS recebia suspensão traseira independente; pouco depois a Holden adotava motor V8 de 245 cv e freios antitravamento (ABS)

Apenas portas e teto eram mantidos na carroceria do modelo VR, nova em 80%; o Acclaim (foto) foi o primeiro australiano com bolsa inflável

O motor 3,8 era aprimorado no Commodore VS, o último da geração; se dotado de compressor, fornecia 221 cv, quase tanto quanto o antigo V8

Derivado do segundo Omega, o modelo VT estreava em 1997 com nova plataforma e linhas encorpadas; a perua ainda acompanhava o sedã

O VN foi o primeiro Commodore a passar por uma "engenharia de logotipo", isto é, ser vendido com outro nome. Uma parceria entre a Holden e a Toyota levou a marca japonesa a vendê-lo com a designação Lexcen, em versões sedã e perua, sempre com motor V6 3,8 e caixa automática. A cooperação duraria até o fim dessa geração do carro australiano, em 1997.

A suspensão traseira independente com braço semiarrastado, que de início não foi aproveitada da Opel, vinha três anos depois na série VP do Commodore, em setembro de 1991, equipando de série o Calais e o SS e como opcional o Berlina e o Executive — a perua mantinha o eixo rígido. Outras novidades eram a frente com vão menor na grade e luzes de direção maiores e os novos para-choques. No Calais, a direção recebia assistência com controle eletrônico que diminuía com o aumento da velocidade.

Se no início os motores estavam iguais, em 1992 o V8 mais potente da HSV, de 245 cv, era colocado à disposição de toda a linha e surgia a opção de freios com sistema antitravamento (ABS). Vinham também as edições especiais Calais International, Berlina LX e Vacationer. Nova evolução era apresentada em julho de 1993: a edição VR do Commodore tinha 80% dos componentes externos refeitos, com frente mais arredondada e aerodinâmica, faróis de perfil baixo, grade dividida por um elemento central (o que perduraria pela geração seguinte) e arcos de para-lamas circulares — o fim do corte reto no caso dos traseiros. A rigor, apenas portas e teto eram mantidos do VP.

A nova versão Acclaim foi o primeiro carro australiano a oferecer bolsa inflável para o motorista em um pacote que incluía o ABS, câmbio automático e a suspensão independente. Por dentro, o painel ganhava novo desenho, o volante trazia ajuste de altura e toda a linha vinha com computador de bordo. Os motores eram revistos para melhor rendimento e, com bitola dianteira mais larga, a Holden visava a melhorar a estabilidade. Ele foi mais uma vez o Carro do Ano da revista Wheels.

Mudanças às quais se seguiu a série VS, em abril de 1995, com bolsa inflável para o passageiro da frente e carroceria revista para maior proteção em colisões. Sob seu capô, o motor V6 de 3,8 litros trazia injeção multiponto sequencial e peças móveis mais leves para ganhar potência (para 200 cv) e reduzir ruídos e consumo, versão que a Holden chamou de Ecotec. A caixa automática adotou controle eletrônico. Em junho de 1996 tal motor recebia compressor como opção para o Calais, que chegava a 221 cv — só 4 cv abaixo do V8 aspirado.

Para o site Autoweb,  a VS "foi a resposta aos problemas de refinamento que o VR sofria e conseguiu também superar o Ford EF Falcon. É um carro difícil de distinguir do VR ao primeiro olhar, mas que merece atenção pelos ganhos que obteve sobre ele".

Novo por inteiro   Apesar de toda a evolução, depois de quase uma década de mercado a segunda geração do Commodore já não era tão competitiva diante da concorrência local e dos importados, sobretudo os do Japão. A tradicional parceira Opel havia mostrado em 1994 seu segundo Omega, que serviu de base para o projeto de um novo Holden — e, como no anterior, grandes modificações seriam adotadas para adequar um carro alemão às condições e preferências australianas. Quando a terceira geração chegou ao mercado, em agosto de 1997, representava o maior projeto de engenharia que o braço local da GM havia desenvolvido.

No Brasil
1999 2003
Importar da Austrália o Holden Commodore de terceira geração, da série VT, foi a opção da General Motors do Brasil em 1998, quando o Omega fabricado no País encerrou sua carreira de seis anos. Embora existisse um sucessor para ele na Opel, a alternativa australiana trazia vantagens como o motor V6 mais simples, adequado a um combustível de qualidade menos constante como o nosso, e a suspensão prevista para pisos de má qualidade como os brasileiros.

O sedã estreou aqui como Omega CD, usando o motor de 3,8 litros e 200 cv com caixa automática de quatro marchas. Em 2000 passava por pequenas alterações visuais e ganhava bolsas infláveis laterais. No ano seguinte a dupla grade dianteira e a ligação entre as lanternas traseiras eram descartadas, para satisfação de muitos. Era adotado controle de tração e a direção passava a contar com ajuste eletrônico de assistência em função da velocidade.
Uma reformulação abrangente aparecia em 2003, com as linhas mais retas da fase VY do modelo australiano. O interior trazia novos mostradores e sistema de áudio; na mecânica, a suspensão traseira evoluía. Dois anos mais tarde, mudança de coração: o veterano 3,8-litros dava lugar a um moderno 3,6-litros de alumínio com 24 válvulas, mais potente (258 cv) e com forte tempero esportivo, associado a um câmbio automático de cinco marchas.

Então vinha em 2007 a terceira geração do Omega no Brasil, a série VE, toda redesenhada por fora e por dentro. O motor Alloytec permanecia, mas com 254 cv, e a suspensão traseira passava ao conceito multibraço. Depois de um hiato de importação, o australiano voltava ao mercado no fim de 2010 com a edição limitada Fittipaldi e injeção direta no motor de 3,6 litros, que passava a 292 cv. O câmbio recebia a sexta marcha.
2005 2011

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