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Por fora o VW parecia o mesmo, mas ganhava melhorias com freqüência: o painel de 1948, em posição central (em cima), dava lugar ao deslocado à esquerda em 1952

Em 1949 os pára-choques, lanternas, retrovisor e painel recebiam novo desenho, o tanque de combustível já comportava até 40 litros e a tampa do porta-malas, na dianteira, podia ser destravada sem sair do carro. A versão Export trazia interior com acabamento mais caprichado e confortável, pintura com mais brilho, além de detalhes cromados. Um detalhe apreciado era a caixa de ferramentas no formato de uma calota, vendida como acessório e encaixada junto ao estepe. Antes vendido sob encomenda, o sedã com teto solar em tecido passava a ser produzido em série em 1950. Um termostato no sistema de refrigeração do motor e freios hidráulicos, na versão DeLuxe/Export, completavam o pacote de novidades daquele ano.

Os amortecedores do tipo joelho davam lugar aos telescópicos em 1951, ano em que a versão DeLuxe/Export ganhava o brasão de Wolfsburg na dianteira e um friso cromado circundava o pára-brisa. Em outubro de 1952, segunda, terceira e quarta marchas já eram sincronizadas, novas rodas mediam 4 x 15 pol, todos os vidros recebiam bordas cromadas, as maçanetas dianteira e traseira vinham em formato de "T". No painel, o velocímetro saía do centro para ficar atrás do volante, de frente para o motorista, e o porta-luvas ganhava tampa. O ruído interno diminuía com o isolamento acústico no cofre do motor.

Evolução da espécie   A resistência e a valentia do VW conquistaram adeptos mundo afora. Com motor e transmissão sobre as rodas motrizes traseiras, fundo do chassi plano (sem a protuberância da carcaça do diferencial de um eixo rígido, como ocorre no Jeep) e suspensão independente nas quatro rodas, conseguia transpor obstáculos que detinham muitos utilitários com tração nas quatro rodas. Mesmo os motoristas urbanos apreciavam suas características de projeto. Era um carro sólido, que transmitia a impressão de qualidade construtiva. O motor sempre teve boa aceleração em baixa velocidade, a mais usada nos centros urbanos. Seu comando de câmbio era perfeito e a direção era muito rápida, de relação 14,4:1, e leve devido ao motor traseiro. Outra vantagem era o arrefecimento a ar, em um tempo em que os sistemas a água não eram confiáveis.

Apesar do sucesso, ou por causa dele, vieram muitas pequenas evoluções. Era quase um detalhe, mas, quando o modelo 1953 trocou a Split Window pelo desenho oval sem divisória do vidro traseiro, o VW teve sua primeira mudança de estilo mais relevante. As portas recebiam quebra-ventos e as janelas traseiras eram basculantes. Freios e isolamento acústico foram aprimorados. Foi o ano em que a empresa inaugurou, em 23 de março, sua linha de montagem no Brasil, que ainda utilizava peças importadas. Até ali, o besouro já era vendido em 86 países. Continua

Baja buggy
Localizada entre o mar e o deserto, a Baja California é o estado mais ao norte do México. Em 1967 estabeleceu-se na região a competição Baja 1.000. A grande participação de veículos com mecânica VW levou a organização a reservar uma categoria para eles. Nascia ali o baja buggy, uma mistura entre Fusca e bugue.

A receita não variava muito: suspensão levantada, pára-lamas mais altos e abertos (de plástico reforçado com fibra-de-vidro, assim como os novos capôs dianteiro e traseiro), motor exposto, rodas e pneus maiores — sobretudo os traseiros —, faróis mais próximos entre si, proteções tubulares no lugar de pára-choques e estribos, pintura chamativa. Alguns foram mais longe, retirando o teto e aplicando estrutura tubular, como no da foto.

A moda chegou ao Brasil nos anos 80. Diversas empresas ofereciam acessórios ou mesmo conversões completas, que tinham um estímulo oficial: a documentação do VW podia ser atualizada para a de carro zero-quilômetro — um velho Fusca 1972 "tornava-se" um baja 1985, por exemplo. A empresa Menon chegou a fazer o Bajanette, um simpático picape dentro da mesma linha.
Para ler
Birth of the Beetle: The Development of the Volkswagen by Porsche - por Chris Barber, editora Haynes Publishing. Os interessados na origem do Fusca vão ter muito o que ver e ler nestas 272 páginas em inglês. Afirma o autor que boa parte do material era inédito ao ser publicado, em 2003, após 20 anos de pesquisas. O período abordado é de janeiro de 1934 a julho de 1945.
Volkswagen KdF 1934-1945 - por Terry Shuler, editora TPR. Outra obra sobre o começo da história, tem 160 páginas em inglês com fotos de protótipos e testes no pré-guerra e imagens da família Porsche "nunca antes divulgadas". Encerra-se com a tomada da fábrica pelos ingleses. Publicado em 1999.
Volkswagen Beetle (Enthusiast Color) - por William Burt, editora Motorbooks. Do carro popular de Hitler a um símbolo cultural, a trajetória do VW — com ênfase ao mercado americano — é contada em 96 páginas em inglês nesta obra de 2002.
Small Wonder: The Amazing Story of the Volkswagen Beetle - por Walter Henry Nelson, editora Bentley Publishers. Mais de 1,2 milhão de exemplares foram vendidos desde a primeira edição, de 1965. A última, de 1998, tem 378 páginas em inglês e inclui o New Beetle. O autor conta ter tido acesso total aos arquivos da VW na Alemanha e nos EUA.
Eu Amo Fusca - por Alexander Gromow, editora Ripress. Em português, tem a história do modelo na Alemanha e no Brasil, com sua evolução de 1959 a 1996 e a do Brasília entre 1973 e 1982. Foi lançado em 2003. Do mesmo autor há Eu Amo Fusca - II, uma coletânea de "causos" de proprietários de Fusca, de 2004.
Volkswagen Beetle HP1421: The First 30 Years - por Ryan Price, editora HP Trade. Editor da revista especializada VW Trends, o autor disseca em 192 páginas em inglês os 30 primeiros anos (até 1967) da história do carrinho e das pessoas que o fizeram nascer, com detalhes de versões e motores. Publicado em 2003.
Volkswagen Bug: The People's Car - por Ray Miller, editora Lincoln Publishing. Mais antigo (1984), o livro tem 320 páginas em inglês e quase 1.100 fotos, que permitem notar as evoluções de 1943 a 1979.
Volkswagen Beetle - A Collector's Guide - por Jonathan Wood, editora Motor Racing Publications. Em 144 páginas em inglês, a obra de 1998 descreve as alterações no Fusca e os resultados em competições, além de trazer dicas de compra, manutenção e restauração.
Volkswagen Customs and Classics - por David Fetherston, editora Motorbooks. Em inglês, com 96 páginas, traz modelos originais restaurados e personalizados de todas as épocas, além de bugues e bajas.
Volkswagen Beetle: The Car of the Century - por Richard Copping, editora Veloce Publishing. O livro de 192 páginas em inglês toma a liberdade de considerar o besouro o carro do século 20. Traz sua história do início até a chegada do New Beetle.

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