O resgate de uma tradição

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Não é museu, nem está aberto a visitação pública, mas
no Conservatório Citroën está a história de uma marca

Texto: Bob Sharp - Fotos do autor e de divulgação
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O Conservatório: um galpão de 5.000 m2 para os carros, mais 1.000 para sua manutenção e 500 para arquivos

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Na sala de recepção, motores que a Citroën não chegou a usar em modelos de produção, incluindo um V8

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Entre modelos mais comuns e carros-conceito, um P17 de esteiras (à esquerda), usado pelo exército polonês, e o helicóptero RE2 com motor rotativo Citroën, ao fundo

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O começo da marca está muito bem representado nessa parte, dedicada aos modelos produzidos nos anos 20

São mais de 300 veículos e 1.400 metros lineares de arquivos, junto com uma enorme quantidade de peças e elementos ligados à história da Citroën. Assim é o Conservatoire Citroën, inaugurado em novembro de 2001 e situado em Aulnay-sous-Bois, entre o centro de Paris e o Aeroporto Charles de Gaulle, numa unidade da PSA Peugeot Citroën. O Best Cars esteve no local a convite da Citroën do Brasil.

O galpão de 5.000 m² é dedicado à guarda dos veículos, ao qual se soma uma oficina de 1.000 m² para a manutenção de todos os carros, além da sala de arquivos de 500 m².
Até helicóptero com motor Wankel Citroën existe no local, o RE2, com dois rotores de 500 cm³ cada. Quase uma instituição, o Conservatório vê seu patrimônio aumentar constantemente graças às doações de entusiastas da marca.

Na sala de recepção, alguns elementos muito curiosos, como protótipos de motores H6 (de seis cilindros opostos), V6 e V8 que nunca chegaram a entrar em produção e um trem-de-força completo do 11 Traction Avant, modelo lançado em 1934 que viria constituir um ícone da marca, no qual se pode ver todas as peças internas graças a cortes precisos.

O agrupamento dos elementos do Conservatoire exigiu uma ampla operação logística que levou mais de um ano. Antes, tudo estava espalhado em vários locais, principalmente em Paris, na rua Vasco da Gama, no centro de testes da Ferté Vidame e no centro de estilo de Vélizi. O trabalho de transferência para Aulnay durou de junho de 2000 a setembro de 2001.

Parte importante do patrimônio da Citroën constitui-se de desenhos e ilustrações, registros, dados econômicos e documentação. Há os croquis e os desenhos dos departamentos de engenharia, inclusive desenhos originais de estilo com a assinatura de Flaminio Bertoni (não confundir com Bertone), o estilista responsável contratado para desenhar o 11 Traction Avant e que chegou a projetar o DS. Tudo testemunha a fecundidade da marca em questão de estilo e aerodinâmica.

Há também os registros, ainda escritos à mão, que contêm os números de chassi dos veículos que permitem localizar a data e o tipo exato dos produtos, bem como o volume de cada modelo produzido. O mais incrível é serem registros desde o início da vida da empresa, em 1919. Junto com estes, há uma enorme quantidade de dados industriais, históricos, econômicos e sociais. Continua

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Data de publicação: 6/10/07

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