Muitas novidades na geração de 1973: além do desenho imponente, a tração integral era permanente e os motores V8 chegavam ao de 7,45 litros e 250 cv

O motor a diesel, lançado em 1978, só fez sucesso no trabalho pesado

Quatro faróis em dois níveis marcavam a frente de 1981; o espaço e as combinações de uso do interior continuavam o ponto alto do Suburban

A versão GMC usava a mesma carroceria, apenas com grade diferente

O porta-malas tinha a opção de receber dois tipos de abertura: a tradicional e a de duas portas laterais, como no carro de entregas do qual o Suburban se originou. Em 1968 os para-lamas ganhavam luzes de direção, de acordo com a nova lei governamental. Por dentro, o freio de estacionamento agora era acionado pelo pé. Havia quatro opções de V8 no ano seguinte, três com cilindrada de 5,75 litros (de 255 a 350 cv) e uma com 396 pol³ ou 6,5 litros, 310 cv e um robusto torque.

O modelo 1973 marcou o início da produção de uma nova geração da linha Suburban. A maior novidade, porém, foi a adoção das quatro portas convencionais. O desenho estava mais bonito, com o uso de linhas retas típicas da década. O perfil dessa geração lembra muito o do Chevrolet Veraneio derivado dos picapes série 20 brasileiros. Cromados e pintura em dois tons eram características comuns aos modelos da Chevrolet e da GMC. A frente, porém, mudava — o Suburban com a "gravatinha" era mais clássico, com faróis circulares, e o GMC tinha vocação de trabalho. Por dentro havia muito espaço disponível, a principal proposta de veículos dessa categoria.

Os dois tipos de tração, traseira e integral, continuavam disponíveis, com a novidade de um sistema permanente nas quatro rodas, não mais restrito a terrenos de baixa aderência. Havia também três versões de capacidade de carga para as duas marcas: meia tonelada, 750 kg e uma tonelada, identificados pelos números 10, 20 e 30 para os Chevrolets e 1500, 2500 e 3500 para os GMC, nesta ordem. O carro media 5,56 metros de comprimento, 2,02 m de largura e 3,28 m de distância entre eixos.

O motor de seis cilindros e 4,1 litros continuava em cena, com 100 cv pelo novo método líquido de medição, mas os V8 eram os preferidos do consumidor. A primeira opção era o conhecido bloco pequeno de 350 pol³ (5,75 litros), que entregava 195 cv. Em seguida aparecia o de mesma cilindrada com maior potência, 210 cv. A versão de topo era o bloco grande 454 de 7,45 litros e 250 cv. Um V8 a diesel de 350 pol³ (5,75 litros) tornava-se disponível em 1978, mas não teve sucesso entre os norte-americanos, que pagavam muito barato pela gasolina para se preocupar com economia. Só mesmo os que usavam o carro no trabalho severo o preferiam.

Já os câmbios tinham sempre três marchas. Os modelos de 500 e 750 kg usavam a Turbo-Hydramatic. Para o serviço pesado, porém, havia um pacote que oferecia caixa de redução e sistema de refrigeração adicional. O conhecido diferencial autobloqueante Positraction era outro opcional. O consumidor podia escolher ainda entre o acabamento básico e o mais esmerado, chamado Silverado. Além disso, uma terceira fileira de bancos podia ser acrescida, deixando o Suburban apto a levar até nove pessoas.

Depois de uma reforma estética na parte dianteira em 1981, com uso de dois faróis retangulares sobrepostos de cada lado, chegava um ano depois um motor a diesel de 6,2 litros, bem mais robusto que a problemática unidade 5,75 oferecida antes. Os carburadores eram aposentados em 1987 em favor da injeção eletrônica monoponto, que melhorou o desempenho, a economia de combustível e as emissões poluentes dos grandalhões. Uma nova caixa automática, com quatro marchas, era incorporada ao catálogo. Os freios traseiros ganharam sistema antitravamento (ABS) em 1990; um ano depois, o motor 455 vinha associado a câmbio automático de controle eletrônico. Continua

Longevidade: essa geração do Suburban foi produzida até 1991, quatro anos depois da mudança dos picapes pesados Chevrolet
Para ler
Chevrolet Pickups - por Mike Mueller, editora Motorbooks. Na falta de livros sobre o Suburban e outros utilitários da GM, uma opção é este sobre os picapes da divisão Chevrolet. Lançado em 2004, traz 168 páginas com informações históricas sobre as mudanças de perfil desses veículos e belas fotos de modelos restaurados. High and Mighty: SUVs - The World's Most Dangerous Vehicles and How They Got That Way - por Keith Bradsher, editora HarperCollins Canada. Este é para quem não defende o uso de utilitários esporte como carros cotidianos. De 2002, o livro de 464 páginas analisa como os SUVs conquistaram os norte-americanos e por que "os mais perigosos veículos do mundo" não deveriam ser tão populares. Bradsher prega que, a cada ano, a substituição de automóveis por SUVs causa 3.000 mortes desnecessárias nos EUA.

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