

No interior do Grand Prix,
carpete vermelho; foram feitas 650 unidades


Quadrifoglio Oro na Itália, Gold
Cloverleaf no Reino Unido: com qualquer designação, a nova versão do
sedã vinha com interior refinado e 128 cv |
Nas
palavras da revista, "o brilhante motor V6 oferece excelentes respostas
em uma unidade verdadeiramente italiana de alto nível. Em curvas ele é
muito ágil e muda de direção com muita precisão, embora a direção superleve possa
parecer imprecisa no início. As formas de Giugiaro foram pioradas com
peças de plástico e tomadas de ar, mas sua beleza essencial permanece".
Mais versões
especiais
Além da remodelação do
sedã em frente, rodas e lanternas, era lançada em 1981 uma versão
especial do GTV de 2,0 litros, a Grand Prix. Produzida durante um ano em 650
unidades, objetivava marcar a presença da marca italiana na Fórmula 1,
que à época corria com o Alfa 179 de 12 cilindros. A edição especial só
estava disponível em vermelho, incluindo para-choques e defletor
frontal, e tinha duas listas pretas com a inscrição Grand Prix e o trevo
de quatro folhas — o quadrifoglio —, símbolo das versões mais esportivas
da Alfa. Era equipado com rodas de 15 pol da marca Campagnolo com centro
em preto fosco, tapetes vermelhos e revestimento em camurça cinza. No
meio do painel vinha seu número de série.
Mais um ano e o sedã recebia injeção eletrônica Bosch Motronic e
variação do tempo de válvulas de
admissão, surgindo as versões Quadrifoglio Oro, Gold Cloverleaf (no
Reino Unido) e 159i (na África do Sul), com 128 cv e faróis circulares.
O Gold Cloverleaf foi comparado pela inglesa What Car? ao
BMW 518 e ao
Peugeot 505 GTi e considerado "uma
combinação de valor pelo dinheiro: vem com uma notável lista de
equipamentos de série, e sobre as especificações sempre interessantes do
Alfetta foram adicionadas algumas ideias inovadoras", referindo-se ao
moderno gerenciamento eletrônico do motor e às melhorias internas. "Novo
painel, materiais diferentes e um console de teto com luzes e
interruptores, ao estilo dos aviões. O BMW, em contraste, parece quase
mundano", comparava.
O comportamento permanecia um destaque do Alfa: "A suspensão macia
permite forte inclinação em curvas, mas a traseira De Dion traz tração e
aderência soberbas. O conforto de marcha é de primeira linha". Contudo,
apesar do desempenho superior ao do BMW, a What Car? apontava a
falta de torque em baixa rotação do Alfetta: "Esperávamos coisas
interessantes do sistema VIVT, mas encontramos um carro com respostas
modestas, que não empurra fortemente até a metade de sua faixa de
rotações. Desaponta ver tal desenvolvimento sofisticado do motor parecer
alcançar tão pouco".
O ano de 1982 ainda marcou a produção para o mercado norte-americano de
duas edições limitadas do GTV6: Balocco SE (em homenagem ao famoso
circuito de testes do grupo Fiat na Itália) e Maratona. A Balocco, com
apenas 350 carros, era disponível só em vermelho, com teto solar,
interior preto, volante de couro, acabamento em costura vermelha nos
bancos e placa na porta do porta-luvas com o número de série.
A Maratona foi produzida em apenas 150 unidades e incluía teto solar,
interior de couro preto, volante e alavanca de câmbio de madeira, pacote
aerodinâmico, faróis de neblina Carello, rodas de alumínio Speedline e
cobertura translúcida para a protuberância do motor — o que permitia a
visão do belo V6. Todos os carros eram pintados de prata e seu pacote
aerodinâmico tornou-se disponível como opção nos outros GTV6.
O Alfetta sedã começava a ser produzido na Malásia, em 1983, pela
empresa local City Motions, com motores 1,6, 1,8 e 2,0.
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