Uma parceria com Giugiaro levou ao atraente desenho dos Alfettas GT e GTV (foto), hatches de três portas com boa aerodinâmica e aspecto esportivo

De início com o motor 1,8 do sedã, o hatch ganhou mais tarde versões de 1,6 e 2,0 litros; esta, chamada de GTV (de veloce), atingia 194 km/h

Como no sedã, o câmbio ficava na traseira, onde a suspensão era por eixo De Dion; observe os discos de freios montados junto ao diferencial

A bela carroceria em formato hatchback apresentava coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,39, muito bom para a época (o mesmo do Opel Ascona de 1981, que no Brasil foi Chevrolet Monza), ajudado pelas maçanetas embutidas. Com o mesmo motor do sedã e peso de 1.050 kg, o carro tinha um bom desempenho. Conforme teste da revista alemã Auto Motor und Sport, acelerava de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos com velocidade máxima de 195 km/h.

O painel de instrumentos surpreendia: à frente do motorista, apenas um conta-giros, enquanto os outros instrumentos — velocímetro e pequenos mostradores de nível de combustível, pressão do óleo e temperatura da água — ficavam ao centro do painel, acima dos controles de ventilação. A solução, contudo, não fez muitos adeptos. O banco do motorista era regulável em altura, assim como o volante de madeira.

No ano seguinte surgia uma nova versão do sedã, com motor de 1,6 litro e dois carburadores de duplo corpo para obter 108 cv e 14,5 m.kgf. Embora menor e menos potente, pois voltado à grave crise energética da época, o motor ainda tinha seus requintes, como o duplo comando. Externamente a versão se diferenciava por ter apenas dois faróis, que conferiam um aspecto um tanto despojado. Os carros começaram a ser vendidos nos Estados Unidos nesse ano, o hatch com a mesma designação que na Europa, mas o sedã com o nome Alfetta Sedan.

A produção do GT com motor 1,8 era encerrada em maio de 1976, sendo ele substituído por duas versões: o Alfetta GT 1.6 e o Alfetta GTV 2000. Com eles a Alfa preenchia a lacuna deixada pela eliminação final dos cupês da geração anterior, de 1,3 litro (GT 1300 Junior) e de 2,0 litros (Giulia 2000 GTV). O 1,6 foi concebido como resposta, além da crise do petróleo, a uma nova legislação italiana, pela qual motoristas com menos de 21 ou mais de 65 anos não podiam dirigir carros com velocidade máxima superior a 180 km/h.

Por esse motivo, embora o 1,6 fosse oficialmente certificado com máxima de 180 km/h, em alguns testes de revistas ele atingiu um pouco mais do que isso — segundo a Auto Motor und Sport, 184,6 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em 13,2 s. Já o GTV 2000 vinha com dois carburadores de corpo duplo Solex ou Dell'Orto, 122 cv — mesma potência do 1,8, mas com significativas melhorias nas emissões e consumo — e 17,9 m.kgf.

Para diferenciar o GTV 2000 havia dois frisos cromados na grade, um relevo com o nome do carro na coluna traseira (onde nos 1,6 e 1,8 ficavam as grelhas de saída de ar) e lanternas traseiras sem frisos cromados. O interior recebia bancos revestidos em veludo e apliques de madeira no painel. O "V" significava veloce e o carro, segundo dados de fábrica, era realmente veloz: acelerava de 0 a 100 km/h em 9,7 s e alcançava 194 km/h. Continua

Os especiais

A preparadora alemã Zender produziu um pacote de personalização para o Alfetta e o GTV composto por aerofólio, saias laterais, alargadores de para-lamas e rodas especiais.

Uma perua com base no Alfetta, a SW (Station Wagon), foi construída pela encarroçadora italiana Zagato em 1985 e exposta no Salão de Genebra. O motor era de 2,0 litros com injeção.

Outro sedã foi transformado em picape pela empresa Kalb Engineering. Completando a personalização, o carro recebeu alargadores de para-lamas e rodas especiais.

A empresa inglesa S&J produziu na década de 1990 o Milano, acima, um carro em kit para ser montado sobre o Alfetta. O conversível tinha faróis escamoteáveis e grade oval. Mais tarde a empresa apresentou a evolução do Milano, o Sportiva. O carro recebia frente inspirada na do Ferrari 328 e tinha uma traseira diferente, mas não chegou ao mercado.

A Racer X Design, de Malta, criou em 2007 um carro esportivo tendo como base um GTV6. Chamado GTV Evoluzione, foi um projeto de três anos. O motor era de 3,0 litros.

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