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"O carro que todos amariam possuir", destacava o anúncio do modelo 1959, com seus motores de até 7,05 litros. No ano seguinte (foto inferior), novidades no teto

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Era um carro que fazia sentido, como mostrou a premiação como Carro do Ano da revista Motor Trend, a primeira de cinco (leia boxe). A Ford não se arrependeu em nada de desvirtuar o conceito de carro pessoal do primeiro T-Bird: custando 3.631 dólares, o hardtop vendeu 35.758 unidades. O conversível de 3.929 dólares, cujo lançamento foi deixado para mais tarde, venderia meros 2.134 carros. Os bancos dianteiros individuais davam um tom mais esportivo, mas o entreeixos 30 centímetros maior e os 360 kg extras não negavam a nova personalidade do carro.

Os motores estavam bem maiores. O básico tinha 352 pol³ (5,8 litros) e produzia saudáveis 300 cv e 54,4 m.kgf de torque. Na linha 1959 o V8 de 430 pol³ (7,05 litros) e 350 cv da Lincoln era acrescentado à oferta. Uma nova grade e retoques nos adereços cromados completavam as novidades. E se o conversível, já com opção de comando elétrico da capota, conseguiu vender mais de 10 mil unidades naquele ano, o hardtop atraiu 57.195 compradores.

Para 1960, o popular modelo de teto rígido contava com um opcional pioneiro na Detroit do pós-guerra, o teto solar de acionamento manual. O conversível ganhava um sistema semelhante ao do Ford Skyliner 1957-59, no qual a capota rígida retrátil se escondia sob a tampa do porta-malas de modo automático. As lanternas traseiras já eram triplas, mas num desenho distante em harmonia dos belos Chevrolets Impala da época. Nada, porém, que impedisse as vendas de continuar subindo. Continua

Carro do Ano
Se o Ford Modelo T foi eleito o Carro do Século 20, um prêmio mais que merecido, o Thunderbird da primeira geração nem sequer estava entre os 100 finalistas. É evidente que a despersonalização do modelo ao longo dos anos enfraqueceu a reputação inicial do modelo, mas a falta de um representante da geração 1955-57 é uma falha grave se considerarmos que modelos muito menos relevantes e queridos da história do automóvel estavam nesse grupo. Mas a revista americana Motor Trend de alguma maneira tratou de compensar a injustiça.

Foram nada menos que cinco premiações de Carro do Ano, a mais tradicional do país, para o Thunderbird. Nenhum outro carro chegou perto disso. A primeira foi a do modelo 1958, ironicamente o que introduziu os quatro lugares em substituição aos dois do roadster original. Era o que o público mais queria. Coisas dos anos 1950.

Em seguida veio o prêmio para toda a linha Ford 1964, que trazia um
novíssimo T-Bird, aquele com "nariz de tubarão". O imenso distanciamento do modelo e sua concepção esportiva só teriam o moral recuperado totalmente quando o Turbo Coupé 1987 e, dois anos depois, o Sport Coupé ganharam o Golden Caliper (pinça de freio dourada), o troféu que o ganhador recebe.

A atual geração do modelo, com seu cativante estilo retrô inspirado nos Little Birds 1955-57, foi o mais recente T-Bird agraciado com o prêmio em 2002. Compensa também o fato de o modelo 1955, o verdadeiro clássico em seu primeiro ano, não ter sido premiado.

Claro que vale lembrar que o prêmio avalia carros recém-lançados e testados, não podendo calcular os problemas que alguns vencedores desenvolvem com o desenrolar dos anos. Carros como os Chevrolets Corvair 1960 e Vega 1971, que muitos viriam a considerar verdadeiras bombas mais tarde, deixaram uma ótima impressão inicial e também receberam a premiação.

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