"Como pássaros fazem curvas? Eles voam em torno delas", associava a publicidade do modelo 1997, o único do antigo Thunderbird

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No Salão de Detroit de 1999, um alento: a Ford mostrava interesse em um novo T-Bird, com linhas que evocam os anos iniciais

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Quase três anos depois, chegava às ruas a série limitada Neiman Marcus, seguida pelas versões comuns do clássico renascido

O já desgastado projeto de 1989 seria abandonado antes de o ano-modelo 1998 estrear. Em setembro de 1997, após 4.148.716 Thunderbirds produzidos, chegava ao fim uma carreira cheia de altos e baixos ao longo de 42 anos. Mais uma vez as discutíveis estratégias da Ford surpreendiam o mercado americano, numa época em que grandes nomes do passado — Oldsmobile Toronado, Chevrolet Caprice, Buick Roadmaster, Ford Bronco — também estavam saindo de cena.

Chevrolet Camaro, Pontiac Firebird, Cadillac Eldorado e marcas como a Plymouth e a Oldsmobile seriam outros guerreiros com décadas de serviços prestados que deixariam de existir na seqüência. O Mustang, uma instituição americana, quase havia sido cancelado antes de seu novo projeto em 1994, mas resiste ainda hoje. Com o Thunderbird, porém, a Ford não encontrou uma alternativa.

Renascimento retrô   A chama da esperança para os fãs do T-Bird voltou a queimar quando, em 1999, a Ford apresentou um carro-conceito com ares de fênix no Salão de Detroit. Se todas as queixas encontradas neste texto ecoam as dos mais fervorosos admiradores do carro, que adoram os Little Birds de 1955 a 1957, a Ford tratou de validar cada uma delas ao apresentar uma releitura do conversível de dois lugares, faróis e lanternas circulares e simples, saídas de ar no capô e até os vidros laterais no teto rígido, tão celebrados dos anos 1950. Só faltaram os pára-lamas traseiros colados às portas.

Claro que muitas das decisões da Ford foram tomadas para agradar ao consumidor, como as boas vendas dos anos 1960 e 1970 provam. E desconte-se aí a febre dos carros retrô que tomou Detroit de assalto nos últimos anos. VW New Beetle, Plymouth Prowler, o novo Mustang são belos exemplos dessa tendência. De qualquer forma, a falta de tempero de todos os projetos que sucederam aqueles primeiros três anos ficou evidente nas escolhas da Ford para o novo conversível.

A idéia era embalar tecnologia de ponta com o incomparável apelo estético dos Little Birds. Depois de muita expectativa e palpites errados, o carro só chegaria às lojas em 2001, já como modelo 2002, sendo inicialmente oferecido na série Neiman Marcus. Como os modelos citados no parágrafo anterior, foi mais um carro-conceito que ganhou o direito de chegar às ruas. Sua plataforma é a do premiado Lincoln LS e do Jaguar S-Type, mas com o monobloco reforçado, pela ausência da capota. Composto de plástico é usado no capô, pára-lamas dianteiros, capota rígida e tampa do porta-malas para facilitar a fabricação e eventuais reestilizações.

Seu V8 de 3,95 litros é todo feito em alumínio e marca 252 cv, com torque de 36,8 m.kgf e câmbio automático de cinco marchas. As suspensões são modernas e independentes nas quatro rodas. Embora já haja rumores de que as vendas fracas não mantenham o modelo em linha por muito tempo, a Ford deu aos saudosos fãs do mais querido Thunderbird uma segunda chance que merece aplausos. Continua

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