


O Type RS de 2000: aerofólio
traseiro mais pronunciado, rodas de 17 pol, motor turbo com 280 cv



Dos bancos Recaro aos
amortecedores Bilstein, o Type RZ usava componentes de renome; embaixo a
série Bathurst de 2001, com suspensão ajustável em altura |
A potência chegava a
expressivos 255 cv a 6.500 rpm que, aliados ao baixo peso de 1.220 kg,
permitiam alcançar 250 km/h e acelerar de 0 a 100 em apenas 5,2
segundos. O limite de rotações era de 8.000 rpm, como no antigo
aspirado. Era tanto desempenho em relação à cilindrada que as companhias
de seguro o consideravam um 2,6-litros para efeito de cálculos. O chassi estava também mais moderno, com suspensão
independente por braços sobrepostos em ambos os eixos. Câmbio automático
era disponível no básico e no Touring.
Versões e séries limitadas mais esportivas não demoraram a aparecer. A
Type RZ, de apenas 300 unidades em 1992, tinha peso 30 kg menor através
do uso de componentes mais leves. No ano seguinte era reeditada, com 150
exemplares vendidos ao mais alto preço já cobrado por um RX-7. Dois anos
depois saía a série limitada Sports Coupé Bathurst, alusiva às vitórias
na tradicional prova australiana (leia boxe),
com rodas BBS de 17 pol, resfriador de ar maior e 273 cv.
No mercado americano, abril de 1996 foi o último mês do RX-7. Assim como
diversos concorrentes — como o Supra e o 300 ZX —, ele vinha sendo
trocado por veículos menos penalizados pelas seguradoras, como picapes e
utilitários esporte. Há quem justifique que os carros esporte japoneses
estavam sofisticados (e caros) demais, o que faz sentido se notarmos que
modelos mais acessíveis, como o Miata da mesma Mazda e o recente 350Z da
Nissan, têm obtido grande sucesso.
Nesse mesmo ano a Ford aumentava sua participação na Mazda para 33,4%,
que se mantém até os dias de hoje.
Sobrevida local
No Japão, contudo, ele continuou
recebendo alterações e novas versões. Em 1996 aparecia com novas
lanternas traseiras, aerofólio e painel de instrumentos, mas era
percebida uma redução de custos nos materiais internos. A Type RB
ganhava 10 cv no caso do câmbio manual, passando a 265. Mais tarde
vinham a Type R e a Type RS, com 280 cv, freios redimensionados e
barra de amarração dianteira; a RS
acrescentava amortecedores Bilstein, diferencial mais curto e rodas de
17 pol.
Para celebrar o aniversário de 30 anos do motor rotativo, era
apresentada em 1997 a série RS-R, de 500 unidades, com pneus e
amortecedores de alto desempenho. No ano seguinte, melhorias nos
sistemas de admissão e escapamento levavam o motor a 280 cv, exceto com
câmbio automático, e eram feitas alterações de estilo: pára-choque
dianteiro mais curto e com maior entrada de ar, aerofólio traseiro com
ajuste de ângulo, novas rodas de 17 pol.
Outro RX-7 com acessórios especiais, o Type RZ, era lançado em 2000.
Fornecedores renomados eram responsáveis pelos bancos (Recaro, com
forração vermelha), rodas (BBS com acabamento em cinza escuro),
amortecedores (Bilstein) e volante (Nardi, com almofada central bem
menor, sem perder a bolsa inflável). Os itens o deixavam 10 kg mais
leve, sem outras alterações técnicas. Apenas 175 unidades foram feitas,
todas brancas. No ano seguinte a edição Bathurst, agora baseada no Type
R, trazia a novidade do ajuste de altura da suspensão.
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