Tão logo apresentou o RX-7, em 1978, a Mazda exibiu uma versão
preparada para competições, acima. Não era apenas um carro de
exposição: algo muito próximo chegava às pistas pouco depois,
estreando na Classe C da IMSA americana, para motores de até 2,5
litros, ainda naquele ano.

O maior destaque do
modelo, porém, foi em recordes de velocidade. No mesmo ano do
lançamento, com um motor preparado para 10.000 rpm, o RX-7 da
equipe Racing Beat (acima), homologado na categoria de produção G,
atingia 295 km/h.

Em 1979 o Mazda fazia
bonito na IMSA em Daytona: batia o recorde de volta na classe GT
de até 2.500 cm³, chegava em 1º. e 2º. lugares na categoria e em
5º. e 6º. na classificação geral. Seu êxito levou a IMSA a seu
reenquadramento: ou correria com maior peso mínimo, ou manteria o
peso mas competiria com os Porsches na classe GTX. Um entendimento
da Mazda com a organização permitiu manter o RX-7 na GT.
Em 1980 e 1983 o carro japonês voltou a dar show, agora na
categoria GTU, em que os carros tinham amplas carenagens
aerodinâmicas. Em 1984 passou para a classe GTO e venceu, mesmo
com potência bem menor que a dos concorrentes.

O primeiro RX-7 também fez
sucesso em ralis. O famoso Rod Millen elaborou um com tração
integral (acima) para conter o domínio do |
Audi Quattro nas provas
do começo da década de 1980. Um Mazda 626 cedeu sua suspensão
dianteira e transmissão para que a potência fosse distribuída às
quatro rodas. Millen chegou a liderar a temporada de 1985 da SCCA
Pro Rally, terminando o ano em 2º. lugar.

A segunda geração voltou a
bater recordes de velocidade. Nos lagos salgados de Bonneville, no
estado americano de Utah, um RX-7 extensamente modificado (acima)
chegou a 380 km/h com um motor de 530 cv. Enquanto isso, nas
pistas, um modelo de três rotores e 450 cv competia na classe GTU
da IMSA (abaixo), embora sem resultados expressivos. Nos ralis,
Rod Millen fez um com tração integral mas não conseguiu superar o
Audi.

O terceiro modelo fez
bonito na 12 Horas de Bathurst, prova realizada na Austrália:
venceu quatro vezes consecutivas, de 1992 a 1995, superando carros
de desempenho reconhecido como os Porsches 944, 968 e 911 RS.

À parte o RX-7, um
excepcional feito esportivo da Mazda com o motor rotativo foi
conquistar o primeiro lugar na 24 Horas de Le Mans de 1991. O
protótipo 787B (acima) chegou duas voltas à frente do Jaguar XJR-12
do qual o curitibano Raul Boesel era um dos pilotos.
Usava o motor R26B de 2,6 litros, quatro rotores e três velas por
rotor, de disparo seqüencial. A potência chegava 700 cv a 9.000
rpm, com 62 m.kgf de torque a 6.500 rpm. Seu consumo mostrou-se
baixo para um carro de competição, 1,9 km/l (um Fórmula 1 atual
faz 1,5 km/l). A Mazda tornou-se a primeira e única marca japonesa
a vencer a tradicional corrida francesa de longa duração. |