Outra novidade nesse ano era o motor V8 a diesel de 350 pol³ (5,75 litros) e 120 cv. Em função dos limites de poluição, o picape assim equipado não podia ser licenciado na Califórnia ou em locais com mais de 1.200 metros de altitude. Embora o desenho externo fosse diferente, os veículos dessa época já usavam o painel de instrumentos envolvente que surgiria no Brasil em 1985 com a série 20.

Um enorme modelo de cabine dupla, com 4,17 metros entre eixos, e o Big Dooley, de dupla rodagem na traseira: duas das versões da linha de picapes que atendiam a serviços pesados

A variedade de opções permanecia um ponto alto: além das opções de capacidade de carga, motorização, tração, câmbio, acabamento (Custom DeLuxe, Scottsdale, Cheyenne e Silverado, este o topo de linha) e caçamba, a Chevrolet oferecia um enorme picape de cabine dupla, com quatro portas e 4,17 metros entre eixos; chassi sem caçamba; o Camper, um motorhome; e o Big Dooley, uma variação do C30 ou K30 com quatro rodas no eixo traseiro, para aplicações pesadas.

No final da década o alto preço da gasolina, desde a crise do petróleo de 1973, e as normas de emissões, que chegavam aos picapes, anos depois dos automóveis (saiba mais), desestimulavam sua compra pelos americanos. De 1978 para 1980 o mercado caíra pela metade. Para a GM o quadro era ainda pior, tendo perdido a liderança da categoria para a Ford, que oferecia mais opções em seu F-150, como a versão de cabine estendida.

Em 1981, uma geração com atenção à economia de combustível e a estréia dos "dois andares" de faróis, nunca mais abandonados pela Chevrolet

Nova geração   Para atender à nova demanda por veículos mais econômicos, algo que os EUA nunca haviam precisado fazer, os fabricantes passaram a trabalhar no peso, na aerodinâmica e na eficiência dos motores dos grandes picapes. Em 1981 estreava uma nova geração dos picapes Chevrolet, com carroceria retilínea e, pela primeira vez, o arranjo de faróis sobrepostos com uma barra cortando a grade em dois segmentos, que nunca mais abandonaria esses utilitários. Continua

Nas telas
Os picapes Chevrolet são uma constante nos filmes americanos. Em Jeito de cowboy (The cowboy way), de 1994, os cowboys Woody Harrelson e Kiefer Sutherland, que moram no interior do Novo México, resolvem ir atrás de um amigo desaparecido em Nova York. Atravessam noite e dia vários estados americanos num Cheyenne vermelho com capota branca meio surrado, e na Big Apple também aprontam com ele. Vale a diversão.

Em O inferno de Dante (Dante's peak), de 1997, com Pierce Brosnan e Linda Hamilton, ele faz papel de um geólogo e chega a uma pequena cidade para verificar um vulcão que pode voltar à atividade. Logo no princípio aparece num utilitário Suburban 4x4 com suspensão elevada. Boas cenas na água, barro e lavas. Depois de destruído, ele consegue um picape de cabine dupla da mesma marca e faz outras boas cenas. Filme catástrofe para que gosta do gênero.

No famoso e bonito As pontes de Madison (The bridges of Madison County), de 1995, com Meryl Streep e Clint Eastwood, aparecem vários picapes americanos da GM das décadas de 1950 e 1960 durante todo o filme. Vale ser visto pela história e bela fotografia.

Os utilitários Chevrolet Tahoe e GMC Yukon são muito usados como carros oficiais da CIA, do FBI e outros órgãos do governo americano. No policial U.S. Marshals, de 1998, com Tommy Lee
Jones, Wesley Snipes, Robert Downey Jr. e Joe Pantoliano, vemos um exemplar em várias cenas importantes.

Na deliciosa comédia romântica Adorável sedutora (Her alibi), de 1989, com Tom Selleck e Paulina Porizkova, ele é um escritor rico e famoso que está às voltas com a belíssima romena Nina (Paulina), uma artista de circo. Ele possui um Porsche 356 e um GMC Yukon. Com esta perua, dirigida por Lina, temos ótimas cenas.

No policial Traffic, de 2000, com Michael Douglas, Catherine Zeta-Jones e Benicio Del Toro, vemos em quase todo o filme os utilitários da linha, pertencentes aos dois lados, policiais e bandidos.

Em Um homem sem face (The man without a face), de 1993, com Mel Gibson, a história se passa no início da década de 1960. Ele faz papel de um ex-professor que tem um rosto deformado e faz amizade com um adolescente. Mel tem uma perua GMC 1964 com suspensão elevada.

Na série Máquina mortífera (Lethal weapon), com Mel Gibson e Danny Glover, que começou em 1987, Riggs (Gibson) tem um poderoso picape GMC. No segundo filme chega a arrancar um pilar de uma casa, e logicamente destruí-la, com a força do veículo. Ótimas cenas de ação.

por Francis Castaings

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