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Dois turbos e muitas opções

Rica em versões e exuberante em desempenho, a série Biturbo
cumpriu bem seu papel em uma fase de recuperação da Maserati

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

O italiano Carlo Maserati trabalhou para a Fiat, a Bianchi e a Isotta-Fraschini, marca em que conseguiu empregar alguns de seus irmãos. Um deles, Alfieri, abria em 1914 — quatro anos após a morte de Carlo — uma oficina especializada em Isottas. Após a Primeira Guerra Mundial, em sua nova fábrica de velas de ignição, em Bolonha, construía o primeiro carro de corridas, com motor de avião. Uma de suas criações, o Tipo 26, vencia a famosa Targa Florio em 1926.

Alfieri, que faleceria em 1932, e seus irmãos Ettore, Bindo e Ernesto iniciavam ali a bem-sucedida história da marca nas pistas. A Maserati construiria carros de competição de grande êxito, como o 250 F que venceu o campeonato mundial de Fórmula 1 em 1957, tendo ao volante o lendário Juan Manuel Fangio. A fabricação de carros de rua iniciava-se em 1946 com o A6, modelo ainda idealizado para uso em corridas, enquanto o 3500 GT de 1957 é considerado o primeiro automóvel da marca sem fins de competição.

O Kyalami, antecessor da série Biturbo: baseado no De Tomaso Longchamps, era só um paliativo até que a nova linha ficasse pronta

No final da década de 1960 a empresa via-se em uma crise financeira, que a levou a ser vendida à francesa Citroën, em 1971. Quatro anos depois, ainda em dificuldades, a Maserati passava às mãos de Alejandro De Tomaso — dono da fábrica de carros esporte com seu sobrenome, famosa pelo Pantera — e lançava o Kyalami, nada mais que um De Tomaso Longchamps com retoques estéticos e motor Maserati. Era apenas um paliativo até que ficasse pronto o que Alejandro tinha em mente: uma nova geração de sedãs e cupês esportivos, a preços inferiores aos dos supercarros que um dia marcaram a empresa do tridente.

A série Biturbo   A novidade era apresentada, enfim, no Salão de Genebra em março de 1981. Denominada Biturbo, em alusão aos dois turbocompressores aplicados ao compacto motor V6 de 2,0 litros, era um cupê de luxo com linhas equilibradas e imponentes, com destaque para os quatro faróis retangulares ladeando a grade. O desenho de três volumes bem definidos, criado por Pierangelo Andreani, era típico da época.

O primeiro Biturbo era lançado em 1981, com linhas retas e equilibradas e um compacto motor V6 de 2,0 litros com dois turbocompressores

O interior requintado exibia farto equipamento de série, como controle elétrico dos vidros e travas, tela anti-sol no vidro traseiro, ajustes de volante em altura e profundidade, iluminação no espelho de cortesia do pára-sol e revestimento dos bancos em couro. Faltava apenas o relógio ovalado no centro do painel, hoje um elemento característico da marca, que chegaria em 1985. Continua

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Data de publicação: 27/11/04

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