Seus concorrentes na categoria eram o alemão BMW 503 cupê, o francês Facel-Vega, o italiano Ferrari 410 Superamerica e o americano Lincoln Continental Mark II. Mas só os dois últimos tinham preços próximos ao do Bentley. Respeitando as tradições, a versão de exportação para o Oriente — em especial Hong Kong — tinha retrovisores nos pára-lamas, bem acima da caixa de rodas, como antigamente nos carros japoneses.

O Continental de quatro portas da Mulliner: formas elegantes para um sedã cujo nome -- Flying Spur, espora voadora -- seria retomado pela Bentley no século 21

Em 1957 chegava a versão de quatro portas, a Flying Spur (espora voadora), feita pela H. J. Mulliner. Seria o primeiro Bentley nessa configuração, um carro marcante a ponto de seu nome ser reaproveitado, quase meio século depois, no atual sedã da empresa. Podia ter a carroceria em dois tons e com dois ou três vidros de cada lado. Com dois, as espessas colunas traseiras atrapalhavam as manobras e davam mais trabalho para o chofer — só que com maior privacidade ao proprietário, que viajava no confortável banco traseiro. Um item muito requisitado eram os pneus com faixa branca. No ano seguinte a direção assistida passava a ser de série.

O ponto alto da série   A versão S2, lançada em 1959, pode ser considerada a mais bela e elegante da série Continental. O modelo fastback, em desuso no cenário mundial e que era muito pronunciado, deixava de ser fabricado. O Sports Saloon, produzido pela Mulliner, estava mais bonito e seu vidro traseiro tinha uma inclinação suave. A frente era maior, pontuda e imponente. Talvez fosse o mais belo cupê do mundo a seu tempo. Fazia muito mais sucesso por onde passava que o sedã quatro-portas, que era muito conservador.

A evolução da linha, o S2 de 1959, abandonava de vez o formato fastback para se tornar a mais elegante das fases do Continental

A versão conversível tinha a carroceria diferente, com linhas retas, e foi desenhada pelo norueguês Wilhelm Korem. Seu estilo era bem mais moderno que o do cupê. Outra novidade bem-vinda era o motor de oito cilindros em "V" com cilindrada de 6.230 cm³. Todo de alumínio, pesava 15 kg a menos que o antigo seis-cilindros e sua potência, ainda segundo estimativas, estava por volta de 200 cv a 4.500 rpm. Oferecido unicamente com a caixa automática de quatro marchas, era um reforço bem-vindo para o mercado americano, que na época já tinha nos V8 seus motores prediletos. Continua

Em escala

Uma bela miniatura feita pela Corgy Toys inglesa é a do Bentley Continental Sports Saloon cupê com carroceria H. J. Mulliner. Na escala 1:48, podia vir na cor preta e na combinação de verde claro e escuro (foto) ou preto e prata. Suspensão independente com molas, porta-malas que se abre com estepe, faróis e lanternas que imitam pequenas pedras semi-preciosas denotam o esmero na fabricação. Também os cromados como grade e pára-choques.

Outra que fez bonito foi a Tri-ang, com um conversível Park Ward. Bem detalhado, tinha até um motor elétrico! A cor verde escuro combinava com o interior bege, uma clássica e charmosa combinação em carros ingleses. Na escala 1:20.

A união de competências entre a Matchbox e a Dinky resultou neste belo Continental R na escala 1:43. O fastback ficou impecável. Era disponível nas cores azul escuro ou claro, com esmero nos detalhes.

A Spot-On fez um Flying Spur na escala 1:42. Em duas cores, era também muito detalhado.

O Embiricos não foi esquecido pelos fabricantes. A South West fez quatro versões: a de Le Mans de 1949, o cupê de 1938 a 1949, o que foi produzido entre 1951 e 1953 e a de Le Mans de 1950 e 1951. Todas vêm em dioramas, pequenos cenários. O mais interessante mostra uma garagem com três modelos, dois de competição na cor prata e outro de rua, azul.

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