Quem olha não diz nada, mas os PV444 e 544 tiveram uma brilhante
carreira no automobilismo. Assim que chegou aos Estados Unidos em
1955, o PV logo ficou à vontade nas pistas, dominando a classe de
motores até 1.500 cm³. Corria lado a lado com Alfa Romeo Giulietta
Sprint, MGA e Porsche 1500 Speedster.
Claro que esses resultados influenciaram muito nas 11 mil unidades
vendidas só na costa oeste em seu primeiro ano naquele mercado.
Num enduro realizado em Lime Rock pelo Sports Car Club of America
(SCCA), o PV444 simplesmente chegou nas cinco primeiras posições
da prova, que ainda ganharia em 1958 e 1961.
Na Europa, seu forte eram mesmo os ralis. Venceu a árdua Maratona
de la Route 1956, que cruzava as montanhas da França, Itália e
Iugoslávia. Isso antes de ganhar o motor B16, que o fez cansar do
pódio. Foi aí que Gunnar Andersson encontrou a receita pra vencer
o campeonato europeu de 1958.
A bordo de um 544, Ewy Rosqvist tirou de letra a classe feminina
do mesmo rali em 1959 e 1961. Em 1962, Andersson se tornaria o
chefe do inédito departamento de competição da Volvo, mesmo
preferindo se limitar a dirigir. Mesmo assim, ganharia o Europeu
de Rali em 1963 novamente. Sylvia Österberg levaria o feminino. |
Assim seguiram várias as vitórias do compacto Volvo. Ainda em
1964, Tom Trana levaria seu 544 a vencer o Rali Britânico RAC,
imitando 1963, e o Europeu. No ano seguinte, após alguns acidentes
sérios pelos vários ralis dos quais participava, a Volvo preferiu
encerrar o departamento de competição. Mas não antes de se sagrar
vitoriosa no Campeonato Mundial de Construtores.

No Brasil, alguns Volvos
chegaram a tomar parte em corridas, principalmente em provas de
longa duração como a Mil Milhas Brasileiras. Havia um de São Paulo
e outro do Rio de Janeiro.
O esporte ajudou o projeto do PV444 a se manter na ativa e em
grande forma 20 anos depois. O pequeno viking só podia terminar
sua vencedora história em grande estilo. |