Um sucesso como o PV444/544
sempre é alvo de modificações, algumas inusitadas e um tanto
discutíveis. Enquanto na Suécia há modelos com mecânica preparada
e visual "modernizado", como este abaixo, em outros cantos do
mundo o carro recebeu motores diferentes.

Nos Estados Unidos, um
PV444 de 1958 (abaixo) passou a usar um V6 de 3,3 litros e 160 cv
da Buick. Com câmbio automático de quatro marchas e pneus
205/60-15, o carro "tem aceleração agradável e é MUITO animado",
diz o proprietário, Dennis Flynn.

Motores bem mais potentes
também equipam antigos Volvos no Brasil. No final dos anos 1980,
Sérgio Baía, de Petrópolis, RJ, adaptou a seu PV444 vermelho de 1951 um seis-cilindros de
4,1 litros de Opala. Anos depois, já pintado de branco, o carro
passou a ter um V8 de 4,95 litros de Ford Maverick, a álcool e com
boa preparação, incluindo carburador Holley de 850
cfm. O câmbio era um automático
de Landau. |
A receita incluiu pára-lamas
alargados em plástico e fibra-de-vidro, suspensão dianteira de
Opala, traseira com eixo rígido próprio para arrancadas e pneus
traseiros Mickey Thompson de 18,5 x 29 pol em rodas de 15 pol. Uma
tomada de ar no capô sinalizava as más intenções desse Volvo.
Mais recentemente, Liberto Lehme adaptou o 4,1 da GM a outro PV444
do mesmo ano, vermelho. O carro tem quatro faróis circulares,
bancos de Omega atual revestidos de couro branco, toca-DVDs e
portas com abertura a distância.

Transplantes de motor à
parte, durante seu ciclo de vida a série também ganhou roupas
diferentes. O chassi do PV445 não serviu apenas para utilitários:
foi a oportunidade para empresas de carrocerias especiais realizar
conversíveis, alguns elegantes e bem-acabados, como o da Valbo Cab,
acima e abaixo.
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