Foi assim que, ainda em 1956, surgiu o primeiro 250 GT Berlinetta "Tour de France", nome extra-oficial de um modelo preparado para as pistas. O apelido surgiu com a vitória nessa prova francesa daquele ano. Esculpidos por Scaglietti ou Zagato, os 250 encantavam com suas exuberantes carrocerias e notáveis participações nos mais diversos tipos de prova até 1959 (ver boxe), com potência entre 230 a 260 cv.

Um dos mais belos da linha, o conversível 250 GT California Spyder atingia 250 km/h com o chassi curto e motor Colombo de até 280 cv

Com seus habituais lançamentos consecutivos, a Ferrari marcou presença em Genebra no ano seguinte com o 250 GT conversível. Com entreeixos de 2,60 m e carroceria Pininfarina, ganhava mais tarde a versão Spyder Competizione, mais apimentada. Teve menos de 40 unidades produzidas. Na seqüência, a versão 250 GT Berlinetta "Tour de France" feita por Scaglietti também perdeu o teto para originar o 250 GT Spyder California.

Capô, portas e tampa do porta-malas eram de alumínio, enquanto o restante da carroceria usava aço. Era um carro bem distinto do GT, pelas características e pelo mercado a explorar. De qualquer modo, a Ferrari inovava ao apresentar dois conversíveis ao mesmo tempo. O California, com seu chassi mais curto, era o mais esportivo e permaneceria quatro anos na linha. Ecoando o nome da série, chegava a 250 km/h.

O interior do California: conforto para dois, com elementos típicos da época como o volante com aro de madeira

Seu V12 era o Colombo, de curso curto, e não o Lampredi. Atingia entre 240 e 280 cv a 7.000 rpm, com taxa de compressão de 8,5:1 a 9,2:1. Há quem diga que a idéia do 250 California nasceu de Luigi Chinetti, o primeiro piloto da marca e ganhador da 24 Horas de Le Mans. O nome não era à toa: ao comandar a vitoriosa escuderia NART (North American Racing Team), Chinetti chamou a atenção da América para a Ferrari. Mais tarde o California seria baseado na versão de série da berlinetta com entreeixos curto.

Os recordes   A marca dos 300 cv (a 7.500 rpm) era alcançada em 1958 pelo Ferrari 250 Testa Rossa, com 9,8:1 de compressão. Seis carburadores Weber 38 DCN alimentavam o motor dessa versão para as pistas, cujo entreeixos foi encurtado para 2,35 m; tinha caixa de quatro marchas e diferencial autobloqueante. Sua carroceria cheia de curvas parecia uma composição de ondas. Chegava a 245 km/h de máxima.

O 250 Testa Rossa, de 1958, alcançava os 300 cv sob sua carroceria arredondada

O ano seguinte via o lançamento de uma das gerações de mais expressiva vendagem de toda a série 250 para as ruas. Houve um acréscimo de 75% na produção da Ferrari com ela: foram cerca de 250 GTs fabricados nas configurações para 1959, confirmando o que o 250 de Boano já apontava. Dessa forma, a série ganhava maior relevância na história da marca de Maranello. Com compressão de 9,2:1, a potência pairava na casa dos 280 cv a 7.000 rpm.

Novamente, os artistas da Pininfarina eram responsáveis pelas linhas. A versão de competição, apresentada no Salão de Paris de 1959, era chamada de 250 GT Berlinetta SWB (short wheelbase, entreeixos curto). Com 2,40 m nessa medida, vestia uma bela carroceria fastback de traseira bem inclinada e curta. Sem vidro traseiro envolvente, tinha colunas largas após as portas. Podia também vir "adestrado" para as ruas.
Continua

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados