Havia ainda um GT três-volumes, mais elegante que esportivo, mas igualmente charmoso. O conversível do mesmo ano trazia algumas características próprias: feito a partir do cupê com porta-malas saliente, tinha rodas de 16 pol (no lugar das de 15) e overdrive, além das quatro marchas.

O pequeno entreeixos (2,40 metros) marcava o 250 GT Berlinetta SWB, um cupê de linhas harmoniosas apresentado em 1959

Coube também à linha 250 outra importante estréia nesses 57 anos de vida da marca do cavalinho rampante. Após se apresentar como carro-madrinha (course car) em Le Mans, o GT 2+2 de 1960, também chamado de GTE, foi o primeira Ferrari de quatro lugares a obter êxito. Dessa vez, a inclinação do vidro traseiro deixava o compartimento do porta-malas bem ao estilo fastback, além de ter janelas laterais logo após as das portas.

As lanternas agrupavam verticalmente três pequenas lâmpadas, um toque criativo num carro quase desprovido de recursos mais comumente associados aos esportivos, como as tomadas de ar. Construído no chassi longo de 2,60 m, era equipado com o V12 de 240 cv. O tamanho maior acarretava um peso superior, 1.280 kg. A Ferrari só colheu louros com a nova versão: as 950 unidades quebraram o recorde de produção da empresa até aquele momento.

O 250 GT 2+2, ou GTE, foi um sucesso ao combinar o desempenho dos 240 cv
a um perfil mais sóbrio e a quatro lugares, os traseiros para uso eventual

GT-Ooooh!   Apenas 37 exemplares de uma nova máquina substituta do SWB viriam ao mundo. Tratava-se do mais célebre e admirado Ferrari 250 em toda a formidável carreira do modelo — mais que isso, um dos mais lendários esportivos já feitos. O GTO de seu nome significava Gran Turismo Omologato, ou seja, homologado para as competições. Ele nasceu para correr. Surgiu em 1962 do esforço de Giotto Bizzarini e seu time de engenheiros. Dessa vez, a Pininfarina não tocou no desenho.

Como todo bom mito sobre rodas, o GTO se tornou um clássico instantâneo por seu estilo quase atemporal, que ainda hoje apaixona. O primeiro protótipo de 1961 usava peças de outros modelos da casa e motor do 500 TR. Os testes começaram em março no autódromo de Monza, com o piloto Willy Mairesse. Precisou de algumas modificações para conseguir a homologação, mas a Ferrari habilmente escapou de ter que fabricar as 100 unidades impostas, convencendo a FIA (Federação Internacional do Automóvel) de que o carro era só um 250 GT pouco alterado...
Continua

Um clássico instantâneo: as formas sexy e o desempenho soberbo do 250 GTO o tornaram um símbolo da Ferrari que impressiona ainda hoje
Cotações
Os carros são maravilhosos, mas... Afinal, quanto custa hoje um 250? Obviamente, a resposta depende do modelo e do estado do veículo.

Um Europa (1953 a 1955) vai de 144 a 900 mil dólares. Os Boano e Elena (1956 a 1958) começam em 90 mil dólares e podem chegar a 630 mil, dependendo sobretudo da originalidade do veículo. A raridade da versão também influencia muito o preço, como nos PF (Pininfarina) dessa época, que vão de 54 mil dólares a 20 vezes esse valor.

Os conversíveis California (1957 a 1963) menos valorizados custam 540 mil dólares e chegam a estratosféricos 2,7 milhões.
Um GTE (1959 a 1963) sai bem mais "em conta": de 28,8 a 540 mil dólares. Já o Lusso (1962 a 1964) vai de 126 a 720 mil dólares.

Seu fraco são os modelos de competição? Então você só pode ser um magnata ou um sonhador. Um TDF ("Tour de France") vai de "meros" 540 mil dólares a 1,25 milhão. Berlinettas SWB (1959 a 1963) empatam com os Californias e os LM, de 1964 a 1966, custam algo em torno de 1,8 a 4,5 milhões de dólares. Mítico e disputadíssimo, o GTO (1961 a 1964) reflete sua fama, cotado atualmente entre o máximo do LM e... 10,8 milhões de dólares!

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