Como se vê, o motor SR (sigla que em alemão designa o coletor de admissão de geometria variável) tem características bem interessantes para preparação. Uma delas é o curso reduzido dos pistões -- igual ao do lendário motor AP-1600, assim como o diâmetro dos cilindros --, que propicia
relação r/l das melhores e insensibilidade às altas rotações. Outra é o bloco de alumínio, com suas vantagens de peso e dissipação de calor.
Há mais: o coletor variável, que não tem seu funcionamento afetado pelas preparações, é um recurso bem-vindo para amenizar a falta de torque em baixa rotação que pode surgir com algumas receitas. Até mesmo a ausência de acelerador eletrônico pode ser considerada uma vantagem, pois elimina um possível obstáculo que exige intervenção adicional do preparador
(saiba mais).
No entanto, nem tudo são boas notícias. A pior delas é que um motor de 1,6 litro com curso reduzido, em um carro pesado como o Golf, traz sérias limitações: uma preparação mantendo a
aspiração natural, que em geral
compromete o torque em baixa rotação, pode tornar o carro muito desagradável de dirigir no dia-a-dia. O ideal para esse motor seria mover um carro mais leve -- quem sabe um pequeno esportivo apenas para competição.
Continua
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