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Comparativo Completo
O câmbio automatizado Dualogic
O câmbio manual automatizado do Stilo, chamado de Free Choice (livre escolha) pelo fabricante Magneti Marelli e de Dualogic (contração de "lógica dupla" em inglês) pela Fiat, consiste na caixa manual de cinco marchas normal do modelo, acrescida de acionamento hidráulico para as mudanças de marcha e de controle automático da embreagem, ambos com comando eletrônico. Não se trata, portanto, de um câmbio automático por conversor de torque, como a Fiat pode levar a supor ao falar em "automático".

O sistema permite escolher entre trocas automáticas e manuais seqüenciais. Estas são feitas subindo marchas para trás e reduzindo para frente, mesmo padrão dos automáticos do Omega e da linha BMW, mas oposto ao da maioria dos automóveis com tal recurso. O objetivo é corresponder às forças que o corpo do motorista sofre ao acelerar forte (para trás) e ao frear (para frente). No caso das alavancas fixadas atrás do volante ("borboletas"), que acompanham seu movimento giratório, usa-se a direita para subir e a esquerda para reduzir.

A alavanca no console tem as posições N (ponto-morto), R (ré), D/M (que serve para o modo automático, drive, e o manual), + (troca ascendente) e - (redução). Não existe posição de estacionamento (P). O botão S aciona o modo esportivo, que leva a caixa a usar marchas mais baixas (em modo automático) ou a fazer mudanças mais rápidas (em manual). Como habitual em sistemas seqüenciais, a alavanca retorna ao ponto central (D/M) após ser movida para as posições + e -.

A partida ao motor exige que o câmbio esteja em ponto-morto e o pé no freio. Então, traz-se a alavanca à esquerda para D/M e acelera-se para o acoplamento da embreagem. O modo de uso — manual ou automático — será o mesmo usado antes que o motor fosse desligado pela última vez. Para comutar entre eles traz-se a alavanca para a esquerda novamente, a qualquer velocidade. Ao selecionar o modo automático, a palavra Auto aparece no visor do quadro de instrumentos, que também informa a marcha em uso mesmo nesse modo de operação. Em atuação automática, as mudanças manuais — pela alavanca ou pelas "borboletas" — permanecem ativas.

Como a ligação entre alavanca e caixa não é mecânica, o Dualogic pode trazer salvaguardas para evitar operação indevida. É o caso de se pedir troca ascendente ou redução que levaria o motor a uma rotação baixa ou alta demais: o comando é recusado e aparece a mensagem "manobra não consentida" no visor do painel, enquanto soa por alguns segundos uma sineta. Da mesma forma, o câmbio não aceita o engate da ré a menos que o carro esteja parado e freado, nem o engate de marcha à frente enquanto se roda para trás. Se a porta do motorista for aberta, a caixa passa a ponto-morto de forma automática, para segurança caso o condutor se esqueça de fazê-lo ou tenha de deixar o carro às pressas.

O Dualogic representa aumento de apenas 5 kg, mantém as relações de marcha e diferencial (este 5% mais curto na versão Sporting) do câmbio manual e não afeta o desempenho e o consumo informados pelo fabricante.
 
A alavanca seletora do Dualogic, a "borboleta" atrás do volante para troca ascendente de marcha, o aviso de "manobra não consentida" no quadro de instrumentos (junto à indicação da marcha em uso e do modo automático) e a central eletrônica do sistema no cofre do motor
Tire as dúvidas
Como na avaliação da Meriva Easytronic, preparamos uma série de perguntas e respostas sobre o câmbio do Stilo.

> Em modo manual, o que acontece ao chegar ao limite de rotações?

O câmbio permanece na marcha selecionada e o atua o limitador de giros, por volta de 6.500 rpm. Essa atuação é preferida por muitos por evitar a troca ascendente em condições indesejadas, como ao levar o motor ao limite antes de uma curva.

> É possível "pular" uma ou mais marchas nas trocas em seqüência?

Sim: basta comandar duas ou mais vezes, em intervalo reduzido. Se o intervalo entre os comandos for longo, as operações serão feitas, mas o câmbio passará antes pela(s) marcha(s) intermediária(s). Claro que a operação deve respeitar a faixa de rotações permitida.

> Qual o efeito do programa de funcionamento esportivo?

Em modo automático, faz as trocas em rotação mais alta e retém mais as marchas inferiores ao deixar de acelerar. Em modo manual, as trocas se tornam mais rápidas. Ao contrário do usual em caixas automáticas, o modo esportivo permanece selecionado ao desligar e ligar o motor.

> Há programa específico para pisos de baixa aderência?

Não, mas se pode sair em segunda em modo manual. Em terceira, não.

> Pode-se selecionar, em movimento, qualquer posição de marcha à frente?

Sim. A redução manual não é feita se a rotação for ficar incompatível.

> O carro move-se em marcha-lenta sem uso do freio?

Não. Ao contrário da GM, a Fiat optou por não incluir o efeito de arrasto (creeping em inglês), comum em caixas automáticas. Ao tirar o pé do freio sem acelerar, a embreagem continua desacoplada e o carro não se move em piso plano, o que o fabricante considera melhor para preservar a embreagem.

> É válido manter o carro parado em subida apenas com o acelerador, sem frear?

Não, pois a embreagem se desgasta e pode ser danificada. Uma sineta e uma mensagem no quadro de instrumentos alertam o motorista.

> Ao permanecer parado ou arrancar em aclive, o carro pode recuar?

Sim, como na maioria das caixas automáticas (em algumas existe dispositivo que aciona os freios nessa condição). Só que nestes sistemas existe o "arrasto" que transmite a sensação, em aclives suaves, de que o carro não possa recuar. O correto é manter o carro freado e, ao arrancar, soltar o freio enquanto se aumenta a aceleração.

> Ao acelerar abrupta e totalmente, ocorre redução de marcha?

Em modo automático, sim. Conforme a velocidade e a marcha em uso, até três marchas podem ser reduzidas de uma só vez para obter máxima condição de retomada.
Em manual, porém, não há redução — nem mesmo se usado todo o curso do acelerador.

> Ao acelerar mais, mas com suavidade, ocorre redução de marcha?

Em modo automático, depende da condição. Em manual, não.

> O que acontece ao deixar cair a velocidade, até parar, e voltar a acelerar?

O câmbio efetua redução até primeira, mesmo em modo manual, e nessa marcha se reinicia o movimento. Se já estiver em primeira, a embreagem é desacoplada. Ou seja, o motor nunca "morre" por rotação insuficiente.

> Ao parar em primeira, ela permanece engatada?

Sim, a menos que nenhum dos pedais seja usado por um minuto. Nestes casos, o sistema interpreta que a parada será longa e passa ao ponto-morto. O uso do freio de estacionamento não interfere nesse processo.

> É possível usar a "banguela", ou seja, rodar em ponto-morto?

Sim, mas o acelerador não pode estar pressionado — se estiver, o desengate não é feito e surge aviso no painel. É possível também engatar uma marcha com o carro em movimento.

> Para obter uma arrancada rápida, é válido acelerar enquanto se freia?

Não, pois a embreagem se desgasta e pode ser danificada. Além disso, nessa condição o motor mal chega a 1.500 rpm, regime baixo demais para auxiliar na aceleração. A solução é partir normalmente com pressão total no acelerador. Por essa razão, o Stilo Dualogic perde nas arrancadas para a versão manual.

> O carro pode ser ligado empurrado, "no tranco"?

Sim. Basta ligar a ignição e mover a alavanca à esquerda quando desejado. A marcha mais adequada será escolhida pelo gerenciamento da caixa.

> Em que posições é possível dar partida ao motor?

Apenas em N (neutro).

> A alavanca pode ser colocada em ré com o carro rodando para frente?

Não. Embora a alavanca se mova, o engate não é feito e surge a mensagem de "manobra não consentida" no painel.

> É possível desligar o motor e retirar a chave com marcha engatada?

Sim, é a manobra recomendada ao estacionar. A alavanca pode permanecer em D/M ou em ré. Se deixada em ponto-morto, soa um alerta.

> A alavanca funciona com o motor desligado?

Se a chave estiver na posição de sistema elétrico ligado, é possível passar ao ponto-morto sem ligar o motor, desde que se pise no freio. Outras operações não são feitas. Com a ignição desligada, porém, a alavanca pode ser movida, mas a caixa só fará a operação comandada quando se ligar a ignição.

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