Best Cars Web Site
Comparativo Completo
Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Ousadia é a marca do Civic, com instrumentos em dois níveis e volante esportivo, mas sua capacidade de bagagem é insatisfatória: 340 litros

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Mais conservador, o Corolla agora traz iluminação muito eficiente no painel; o porta-malas cresceu para 470 litros e ganhou banco rebatível

O Civic é um tanto modesto em itens de conveniência, mas tem as vantagens de limpador de pára-brisa com braços opostos e excelente área de varredura, acendedor de cigarros (falta inesperada no novo Corolla) e destravamento da porta do motorista em separado, fator de segurança pessoal. De resto, ambos trazem bons recursos como apoios de braço à frente e atrás, faixa degradê no pára-brisa, luz de aviso para porta mal fechada, luz interna temporizada e com apagamento gradual, dois hodômetros parciais e comandos no assoalho para tampa de porta-malas e bocal de abastecimento. Poderia melhorar em ambos o temporizador do controle elétrico dos vidros, interrompido assim que a porta é aberta; também seria válido que tivessem retrovisor interno fotocrômico e buzina dupla em vez da monotonal aguda ("bibi").

O sistema de áudio do novo Corolla, com formato bem integrado ao painel, botões ótimos de usar e função MP3, agora se equilibra ao do Civic. Uma curiosidade: embora a graduação de volume vá de 1 a 63, seu aumento é bastante gradual, de modo que passar de 20 para 30 faz pouca diferença. Lembrou-nos o conta-giros de certos carros, em que se vê o número subir e nada acontece... Nos dois seria melhor que o aparelho funcionasse com a ignição desligada. O Toyota ganhou formato de porta-copos para os porta-objetos do console, antes quadrados, e um pequeno segundo porta-luvas. Continua com bom compartimento fechado para volumes no apoio de braço central, a exemplo do concorrente.

Bastante espaçosos na frente, os dois carros se parecem também no banco traseiro: acomodam bem as pernas (a diferença de 10 centímetros na distância entre eixos a favor do Civic mal chega a ser percebida) e têm largura razoável para três pessoas. O Corolla é maior em altura útil, mas nos dois o recorte superior das portas não favorece o acesso, inconveniente mais acentuado no Civic. Também em comum está o desconforto do quinto ocupante: apesar do cômodo assoalho sem túnel central, seu encosto é muito duro. E as crianças menores não aprovam a alta linha de cintura dos dois modelos, que prejudica sua visibilidade.

Um ponto importante que dá larga vantagem ao Corolla é capacidade de bagagem: 470 litros, mais que os 437 da geração anterior, enquanto no Civic o espaço diminuiu de 402 no antigo para apenas 340 litros no atual — menor que o de alguns hatches médios, o que é inaceitável. Em ambos haveria ganho se fossem adotadas articulações pantográficas, pois as do tipo "pescoço de ganso" roubam espaço e podem amassar a bagagem, se não for reservado espaço ao acomodá-la. Ao menos a tampa agora tem revestimento no Toyota, enquanto permanece com chapas à mostra no Honda.

O Corolla enfim recebeu em todas as versões banco traseiro rebatível, antes restrito ao SE-G. No XEi ele é bipartido como no oponente. Ambos trazem estepe com roda de aço e pneu igual aos demais, disposto sob o assoalho interno, mas no Civic é trabalhoso verificar sua pressão porque a face externa está voltada para baixo.

Mecânica, comportamento e segurança

Com motores similares sob vários aspectos (saiba mais sobre técnica), o que mais contribui para a vantagem do Civic em potência é o comando de válvulas variável mais elaborado. Ele desenvolve 138 cv com gasolina e 140 com álcool, ante 132 e 136 cv do Corolla, e torque máximo de 17,5 e 17,7 m.kgf, contra 17,3 e 17,5 m.kgf do Toyota, na ordem. São diferenças pequenas e que, associadas ao peso apenas 20 kg menor no segundo, resultam em desempenhos muito próximos.

A simulação do Best Cars apontou empate técnico em velocidade máxima e ligeira vantagem do Civic, de cerca de 0,5 segundo, na aceleração de 0 a 100 km/h. Mais consistente é a dianteira do Corolla nas retomadas, causada mais pelas relações do câmbio que pelo motor em si. O Honda aproveita a mesma diferença para voltar à liderança em consumo, em especial no ciclo urbano (veja os resultados da simulação e a análise detalhada). De modo geral, ambos oferecem desempenho adequado para qualquer condição de uso e são econômicos para seu porte e peso.

O motor do atual Civic é "liso", sem vibrações em qualquer faixa de uso, o que torna muito agradável explorá-lo em alta rotação. O do Corolla é o mesmo desde 2002 e, pela experiência com o modelo anterior, seria esperado que ficasse longe desse atributo. Engano: com um excelente trabalho de absorção de ruídos, vibrações e aspereza — trio que em inglês se identifica por NVH ou noise, vibration and harshness —, a Toyota conseguiu deixá-lo bem adequado ao perfil do modelo. Mesmo que não seja necessário, pois o motor o empurra bem em baixa rotação, agora se pode chegar a altos giros sem a incômoda sensação de esforço excessivo que caracterizava o antigo.

Contribui para essa civilidade do novo Corolla o alongamento do câmbio (saiba mais), também reclamado pelo Best Cars no anterior. As marchas curtas traziam agilidade e dispensavam reduções em parte das ultrapassagens, mas impunham rotação elevada e aumento de ruído e vibrações. O Civic, no entanto, vai além e gira 400 rpm a menos a 120 km/h na última marcha, o que traz conforto no tráfego rodoviário. Continua

Avaliações - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade