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Comparativo Completo
Simulação de desempenho
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As três partiram de condições muito próximas. Entre as Picassos a única diferença é o menor peso da versão curta; entre elas e a Scénic, há vantagem em potência, torque e peso para as Citroëns e em aerodinâmica para a Renault. A simulação do Best Cars, pelo consultor Iran Cartaxo, apontou os efeitos dessas diferenças em desempenho e consumo.

A velocidade máxima foi pouco maior nas C4 em razão da potência adicional, embora a Scénic contasse com a menor área frontal a seu favor (notada pelos 2 cv a menos consumidos a 120 km/h). A Renault obteve equilíbrio de rotações pouco melhor na quarta e última marcha, ao atingir 750 rpm menos que o ponto de maior potência, enquanto as Picassos ficaram a 900 rpm desse ponto. Só que, como apontam as curvas dos motores (veja figura), as 350 rpm a mais trazem ganho considerável de potência para o motor da Citroën, que assim vai um pouco além.
As três trabalham em regime moderado a 120 km/h, fator de conforto em uso rodoviário. Em acelerações e retomadas não há o que discutir: venceu a C4 Picasso, pelo menor peso e motor mais potente, embora a versão longa a tenha acompanhado de perto. A Scénic fica em flagrante desvantagem com quase 2 segundos a mais para ir de 0 a 100 km/h, diferença perceptível ao dirigir mais rápido.

Nenhuma delas brilha em consumo e não poderia ser diferente em carros altos, largos e com mais de 1,5 tonelada. A Scénic foi um pouco melhor em todas as condições de uso, mérito do câmbio mais longo e da melhor aerodinâmica, enquanto as Picassos obtiveram marcas iguais na simulação, exceto no ciclo urbano, em que o menor peso da versão curta traz discreta vantagem. Com tanque de 60 litros, podem-se rodar mais de 500 km na estrada sem reabastecer (com margem de 10%) com qualquer uma delas.
  C4 Picasso Grand C4 Picasso Grand Scénic
Velocidade máxima 186,6 km/h 183,6 km/h
Regime à velocidade máxima (4ª.) 5.100 rpm 4.750 rpm
Regime a 120 km/h (4ª.) 3.250 rpm 3.100 rpm
Potência consumida a 120 km/h 36 cv 34 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 12,5 s 12,7 s 14,4 s
Aceleração de 0 a 400 m 18,6 s 18,8 s 19,7 s
Aceleração de 0 a 1.000 m 33,6 s 33,7 s 35,5 s
Retomada de 80 a 120 km/h em drive 9,2 s 9,4 s 10,2 s
Retomada de 60 a 100 km/h em drive 6,9 s 7,4 s 8,2 s
Consumo em cidade 6,5 km/l 6,4 km/l 6,9 km/l
Consumo em estrada 10,3 km/l 11,1 km/l
Consumo a 60 km/h 10,8 km/l 11,7 km/l
Consumo a 80 km/h 11,4 km/l 12,3 km/l
Consumo a 100 km/h 10,1 km/l 10,9 km/l
Consumo a 120 km/h 8,7 km/l 9,4 km/l
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Dados dos fabricantes
  C4 Picasso Grand C4 Picasso Grand Scénic
Velocidade máxima ND 190 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 12,1 s
Consumo em cidade ND
Consumo em estrada
ND = não disponível
Os motores são similares e usam variador do comando de admissão; o da Citroën, à esquerda, é um pouco melhor em suavidade de funcionamento
Comentário técnico
> Apesar de tanta tecnologia nos interiores, não é sob o capô que se vai encontrar inovação nestas minivans. Os motores são bem conhecidos, em uso há vários anos por diferentes modelos das marcas — o da Renault desde a linha 2001 da Scénic nacional, o da Citroën desde o C5 de 2000, embora tenha recebido aprimoramento posterior. Ambos usam variação de tempo de abertura das válvulas de admissão. O das Picassos é pouco melhor na relação r/l, 0,316 ante 0,323 da Scénic, mas nenhum deles está dentro do limite convencionado (0,3).

> Espartanas também são as caixas automáticas de quatro marchas, em um tempo em que seis são comuns e alguns modelos já chegam a oito. Dotadas de controle eletrônico adaptativo (usam o programa de funcionamento mais apropriado ao modo de dirigir do motorista, sem que este precise selecioná-lo), permitem mudanças manuais sequenciais.
Isso é feito pela própria alavanca seletora na Scénic (sobe para frente, reduz para trás) e por alavancas atrás do volante, fixas à coluna de direção, nas Picassos (sobe pela da direita, reduz pela da esquerda).

Além do mais fácil alcance, o sistema da Citroën tem a vantagem de permitir operação manual não só na posição M, mas também em D (drive). Ao se preparar para ultrapassar, por exemplo, o motorista pode antecipar a redução comandando-a ainda em D. Após alguns segundos sem mais usar as alavancas, o carro retorna ao comando automático.

> Por derivar das plataformas do Mégane e do C4, as minivans mantêm suas suspensões, que usam os convencionais conceitos McPherson à frente e eixo de torção atrás — nada de sofisticação técnica também aqui, portanto. No exterior as Picassos podem ter sistema pneumático de nivelamento da traseira, não oferecido aqui.

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