> Apesar de tanta
tecnologia nos interiores, não é sob o capô que se vai encontrar
inovação nestas minivans. Os motores são bem conhecidos, em uso
há vários anos por diferentes modelos das marcas — o da Renault
desde a linha 2001 da Scénic nacional, o da Citroën desde o C5
de 2000, embora tenha recebido aprimoramento posterior. Ambos
usam variação de tempo de abertura
das válvulas de admissão. O das Picassos é pouco melhor na
relação r/l, 0,316 ante 0,323 da
Scénic, mas nenhum deles está dentro do limite convencionado
(0,3).
> Espartanas também são as caixas automáticas de quatro marchas,
em um tempo em que seis são comuns e alguns modelos já chegam a
oito. Dotadas de controle eletrônico adaptativo (usam o programa
de funcionamento mais apropriado ao modo de dirigir do
motorista, sem que este precise selecioná-lo), permitem mudanças
manuais sequenciais. |
Isso é feito pela própria
alavanca seletora na Scénic (sobe para frente, reduz para trás)
e por alavancas atrás do volante, fixas à coluna de direção, nas
Picassos (sobe pela da direita, reduz pela da esquerda).
Além do mais fácil alcance, o sistema da Citroën tem a vantagem
de permitir operação manual não só na posição M, mas também em D
(drive). Ao se preparar para ultrapassar, por exemplo, o
motorista pode antecipar a redução comandando-a ainda em D. Após
alguns segundos sem mais usar as alavancas, o carro retorna ao
comando automático.
> Por derivar das plataformas do Mégane e do C4, as minivans
mantêm suas suspensões, que usam os convencionais conceitos
McPherson à frente e eixo de torção atrás — nada de sofisticação
técnica também aqui, portanto. No exterior as Picassos podem ter
sistema pneumático de nivelamento da traseira, não oferecido
aqui. |